Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês "bully", "tiranete" ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.
Recentemente o termo entrou em evidência com o apoio da mídia e declarações das vítimas, que vêm assumindo um importante papel para o controle dessa situação.
Pois bem! Como Umbandista procuro de dentro para fora da religião e percebo, junto a relatos de frequentadores e trabalhadores de casas umbandistas que a prática do bullying é bem clara e tratada de forma distorcida.
Boa parte da prática do bullying é endossada ou justificada pelo "guia". O guia fez, o guia falou, ou o guia mandou... Tudo isso em abraço com a tal inconsciência.
São casos de exposição, de ameaças, de repressão e de medo, fornecidos de forma gratuita.
Todo médium que aceita essa condição não pode ser encarado como vítima, e sim como consorte da situação.
Alguns alegam um medo extremo da situação e não têm coragem de dar queixa ou abandonar a casa. Outros em um devaneio de fé (?) acham tudo normal e totalmente espiritual, o que acaba fortalecendo o processo dentro da casa.
Entidade ou guia orienta, não aponta o dedo.
Entidade ou guia sabe o que significa o voto do silêncio mediúnico, sendo assim, não expõe a vida do outro, como se fosse um palco para alguns rirem e outros se amedrontarem.
Entidade ou guia não denigre, não ofende, não xinga e nem passa por cima do próximo, faz o bem sem olhar a quem.
O processo mediúnico, religioso e espiritual dentro da Umbanda cria condições para todos tratarem os seus excessos e as suas limitações.
Há aqueles que abusam desse mecanismo, fazendo da sua sombra interior o coadjuvante perfeito para essa prática hedionda. Não aceite! Diga não ao bullying! Denuncie.
Texto de Jorge Scritori
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