30 março, 2013

Lembrava-se a Menina de Delhi de Ter Vivido antes em Mathura

Reconheceu o "ex-marido" e o filho da encarnação anterior.
- Completo reconhecimento da casa em que morava e da cidade.
- Espanto de um escritor sueco que investigou o caso.
- Uma princesa egípcia em Londres.

O caso de Shanti Devi, que acaba de produzir nova agitação na Europa, em torno do problema da reencarnação, repercutiu no Brasil, através da transcrição do relato de Peter Forbes no Jornal "People", de Londres, que não é um jornal espírita. Shanti Devi era uma menina de Delhi, na Índia, que aos quatro anos de idade começou a revelar recordações de sua vida anterior, declarando ter vivido em Mathura, a muitas léguas de distância da sua cidade natal. O curioso é que a menina dizia ter-se chamado Lugdi Devi, pertencido à casta superior dos brâmanes, a que agora já não pertencia mais, ter sido casada e ter tido um filho. Revelou pleno conhecimento dos hábitos e trajes especiais dos brâmanes, sem que, entretanto, jamais tivesse visto um brâmane.

As revelações de Shanti Devi eram de tal maneira preciosas e seguras em seus detalhes, envolvendo nomes de lugares e pessoas, que os seus pais resolveram pedir a dois amigos que fossem a Mathura, a fim de deslindar o mistério. Os amigos foram e constataram a plena veracidade das revelações. Encontraram o viúvo e o filho de Lugdi Devi, o templo a que a menina se referia, o local em que dizia ter-se banhado no rio Jumna, a venda em que fazia suas compras, e tudo o mais. Quando Shanti contava nove anos, seu "ex-marido" e seu filho da encarnação anterior foram visitá-la. Ao vê-los, a menina desmaiou. Depois, voltando a si, mostrou-se tomada da maior alegria, abraçando a ambos com efusão e identificando-se perante o marido nas conversações que mantiveram.

O caso de Shanti Devi envolve particularidades curiosas, inclusive a coincidência de sobrenomes. Os Devi de Delhi não têm parentesco com os de Mathura, pertencendo mesmo a uma casta inferior, pois os de Mathura são brânames. A menina foi levada a Mathura, e não só reconheceeu todos os lugares em que vivera, como também as pessoas. Visitando a casa que habitara na vida anterior, indicou várias particularidades da residência e lembrou hábitos que o seu "ex-marido" confirmou, admirado, reconhecendo que "Shanti possuía a mesma alma que pertencera à sua falecida mulher", segundo as palavras de Peter Forbes.

Durante muitos anos, o caso de Shanti Devi foi comentado na Índia e no exterior, até que o escritor sueco Sture Lonnestrand resolveu deslindá-lo. Entendia que tudo não passava de uma grande fraude. Foi a Delhi e a Mathura, investigou tudo o que se referia ao caso, conversou com numerosas pessoas, examinou os locais indicados, verificou os relatórios dos investigadores anteriores, e chegou à seguinte conclusão: "É este o único caso de reencarnação completamente explicado e provado, jamais verificado!" Depois disso, Lonnestrand tornou-se um propagandista do caso, provocando intensa agitação na Europa, em torno do assunto. Como William Crookes, César Lombroso, Crawford e tantos outros, que haviam estudado os fenômenos espíritas com o fim de provar a sua falsidade, Lonnestrand submeteu-se à realidade e modificou sua atitude.

Escrevendo a respeito deste caso, na revista inglesa "Two Worlds", o prof. Frederico H. Wood assinalou o exagero de Lonnestrand, ao ter este declarado que se tratava do único caso de reencarnação completamente explicado e provado. "Como todos os recém-convertidos, - disse Wood, - Lonnestrand está excitado pela sua descoberta." E realmente assim é. Porque o caso de Shanti Devi, embora importante, e sobretudo recente, não é o único a apresentar essas características. Há numerosos casos de reencarnação completamente provados, e o leitor curioso poderá encontrar a citação de muitos deles na obra "A Reencarnação e suas provas", de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcanti de Mello. O próprio prof. Wood teve oportunidade de investigar, em Londres, um dos mais importantes, publicando a respeito uma obra em dois volumes, intitulada "O Milagre Egípcio". Tratava-se da reencarnação de uma princesa egípcia, do tempo de Amenotep II, na Inglaterra. Caso provado em minúcias, de maneira impressionante, e principalmente através de elementos de alta cultura, como a reconstituição de danças sagradas e da língua egípcia antiga.

E agora mesmo aí está, nas livrarias, a tradução desse curioso livro de Morey Bernstein, "O Caso de Bridey Murphy", que revive as famosas experiências do cel. Albert De Rochas, diretor do Instituto Politécnico de Paris, sobre a regressão hipnótica da memória. Morey Bernstein conseguiu descobrir, na consciência profunda de uma senhora do Colorado, Estados Unidos, a personalidade de uma mulher que vivera na Irlanda, há mais de um século. E as pesquisas a respeito comprovaram grande parte das revelações feitas pela paciente, o que provocou grande agitação em torno do caso. Bernstein conclui o seu livro, muito ponderadamente, reclamando atenção dos estudiosos e dos cientistas para esse problema. Assinalou o caráter pessoal da sua experiência, mas lembrou as anteriores e encareceu a necessidade de trabalhos mais amplos a respeito. O problema da reencarnação, como se vê, não é tão simples, como o pretendem os antagonistas do Espiritismo. Tanto através de casos espontâneos, quanto de pesquisas hipnóticas ou de experiências parapsicológicas, a reencarnação vem se afirmando, através dos anos, como uma lei natural. Já não bastam argumentos, contra esse princípio. É preciso um pouco mais, quando alguém quiser combatê-lo.


Retirado do livro "O Homem Novo" de J. Herculano Pires.

29 março, 2013

Para Umbandistas: A responsabilidade do médium Umbandista

Nós, médiuns umbandistas temos de nos conscientizar de nossa responsabilidade quanto ao atendimento de pessoas em nossas casas, existem alguns pontos a serem observados:

Nunca devemos pensar que a responsabilidade de um atendimento é toda da entidade, nós também temos uma parcela muito grande de participação em todo o contato com os consulentes. De uma forma simples podemos entender assim:

O médium gera uma energia que ao juntar-se à energia da entidade que venha a incorporar, cria uma terceira energia, que é a que vai atuar durante o atendimento, portanto se uma das energias estiver em desequilíbrio (geralmente é a do médium), isto afetará a eficácia do atendimento. Sendo assim sempre que formos aos trabalhos devemos tentar ao máximo estarmos equilibrados, e se isto não for possível o correto seria não atendermos diretamente a ninguém, pelo menos até estarmos melhor.

Devemos ter muita atenção ao que é falado para as pessoas, lembremos que muitos que vão até os terreiros, muitas vezes estão desesperados, abalados emocional e psicologicamente e podem interpretar de forma errônea as palavras, também podemos estar criando ilusões que podem vir a se tornar decepções. Outro ponto a ser considerado é o atendimento a pessoas com algum tipo de doença. Nunca em hipótese alguma podemos fazê-la pensar que pode parar com os medicamentos receitados pelo seu Médico simplesmente por estar se tratando também no terreiro, pois se assim for feito e esta pessoa vier a piorar ou até a morrer, podemos ser responsabilizados criminalmente. Também não podemos nunca receitar remédios que não sejam de ervas ou naturais e mesmo assim tomando muito cuidado, sabemos que muitas ervas se não usadas corretamente podem causar efeitos colaterais, pois são tóxicas. Lembrem receitar remédios (de farmácia) sem estar habilitado para isto é exercício ilegal da medicina.

Irmão de fé, vamos ser umbandistas com ética e responsabilidade, não vamos prometer milagres que sabemos não ser capazes de realizar.

Não vamos criar falsas ilusões que venham mais tarde se tornar verdadeiras decepções.

Façamos da Umbanda uma religião de fé e amor, onde todos entendam que temos um caminho e que ao caminhar por ele vamos colher os "bônus" mas também pagar os "ônus"...


Texto enviado por Ronaldo PC

28 março, 2013

Mensagem aos Médiuns

Venho exortar a quantos se entregarem na Terra à missão da mediunidade, afirmando-lhes que, ainda em vossa época, esse posto é o da renúncia, da abnegação e dos sacrifícios espontâneos. Faz-se mister que todos os Espíritos, vindos ao planeta com a incumbência de operar nos labores mediúnicos, compreendam a extensão dos seus sagrados deveres para a obtenção do êxito no seu elevado e nobilitante trabalho.

Médiuns! A vossa tarefa deve ser encarada como um santo sacerdócio; a vossa responsabilidade é grande, pela fração de certeza que vos foi outorgada, e muito se pedirá aos que muito receberam. Faz-se, portanto, necessário que busqueis cumprir, com severidade e nobreza, as vossas obrigações, mantendo a vossa consciência serena, se não quiserdes tombar na luta, o que seria crestar com as vossas próprias mãos as flores da esperança numa felicidade superior, que ainda não conseguimos alcançar! Pesai as consequências dos vossos mínimos atas, porquanto é preciso renuncieis à própria personalidade, aos desejos e aspirações de ordem material, para "que a vossa felicidade se concretize".

VIGIAR PARA VENCER
Felizes daqueles que, saturados de boa-vontade e de fé, laboram devotadamente para que se espalhe no mundo a Boa Nova da imortalidade. Compreendendo a necessidade da renúncia e da dedicação, não repararam nas pedras e nos acúleos do caminho, encontrando nos recantos do seu mundo interior os tesouros do auxílio divino. Acendem nos corações a luz da crença e das esperanças, e se, na maioria das vezes, seguem pela estrada incompreendidos e desprezados, o Senhor enche com a luz do seu amor os vácuos abertos pelo mundo em suas almas, vácuos feitos de solidão e desamparo. Infelizmente a Terra ainda é o orbe da sombra e da lágrima, e toda tentativa que se faz pela difusão da verdade, todo trabalho para que a luz se esparja fartamente encontram a resistência e a reação das trevas que vos cercam. Daí nascem as tentações que vos assediam, e partem as ciladas em que muitos sucumbem, à falta de oração e da vigilância apregoadas no Evangelho.

QUEM SÃO OS MÉDIUNS NA SUA GENERALIDADE
Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, de sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia.

AS OPORTUNIDADES DO SOFRIMENTO
As existências dos médiuns, em geral, têm constituído romances dolorosos, vidas de amargurosas dificuldades, em razão da necessidade do sofrimento reparador; suas estradas, no mundo, estão repletas de provações, de continências e desventuras. Faz-se, porém, necessário que reconheçam o ascetismo e o padecer, como belas oportunidades que a magnanimidade da Providência lhes oferece, para que restabeleçam a saúde dos seus organismos espirituais, combalidos nos excessos de vidas mal orientadas, nas quais se embriagaram à saciedade com os vinhos sinistros do vício e do despotismo. Humilhados e incompreendidos, faz-se mister que reconheçam todos os benefícios emanantes das dores que purificam e regeneram, trabalhando para que representem, de fato, o exemplo da abnegação e do desinteresse, reconquistando a felicidade perdida.

NECESSIDADE DA EXEMPLIFICAÇÃO
Todos os médiuns, para realizarem dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o ensinamento evangélico, em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende do seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender, em toda a amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre: "Dai de graça o que de graça receberdes". Devendo evitar, na sociedade, os ambientes nocivos e viciosos, podem perfeitamente cumprir seus deveres em qualquer posição social a que forem conduzidos, sendo uma de suas precípuas obrigações melhorar o seu meio ambiente com o exemplo mais puro de verdadeira assimilação da doutrina de que são pregoeiros. Não deverão encarar a mediunidade como um dom ou como um privilégio, sim como bendita possibilidade de reparar seus erros de antanho, submetendo-se, dessa forma, com humildade, aos alvitres e conselhos da Verdade, cujo ensinamento está, frequentemente, numa inteligência iluminada que se nos dirige, mas que se encontra igualmente numa provação que, humilhando, esclarece ao mesmo tempo o espírito, enchendo-lhe o íntimo com as claridades da experiência.

O PROBLEMA DAS MISTIFICAÇÕES
O problema das mistificações não deve impressionar os que se entregam às tarefas mediúnicas, os quais devem trazer o Evangelho de Jesus no coração. Estais muito longe ainda de solucionar as incógnitas da ciência espírita, e se aos médiuns, às vezes, torna-se preciso semelhante prova, muitas vezes os acontecimentos dessa natureza são também provocados por muitos daqueles que se socorrem das suas possibilidades. Tende o coração sempre puro. E com a fé, com a pureza de intenções, com o sentimento evangélico, que se podem vencer as arremetidas dos que se comprazem nas trevas persistentes, é preciso esquecer os investigadores cheios do espírito de mercantilismo! Permanecei na fé, na esperança e na caridade em Jesus Cristo, jamais olvidando que só pela exemplificação podereis vencer.

APELO AOS MÉDIUNS
Médiuns, ponderai as vossas obrigações sagradas! Preferi viver na maior das provações a cairdes na estrada larga das tentações que vos atacam, insistentemente, em vossos pontos vulneráveis. Recordai-vos de que é preciso vencer, se não quiserdes soterrar a vossa alma na escuridão dos séculos de dor expiatória. Aquele que se apresenta no Espaço como vencedor de si mesmo é maior que qualquer dos generais terrenos, exímio na estratégia e tino militares. O homem que se vence faz o seu corpo espiritual apto a ingressar em outras esferas e, enquanto não colaborardes pela obtenção desse organismo etéreo, através da virtude e do dever cumprido, não saireis do círculo doloroso das reencarnações.

Emmanuel
Retirado do livro "Emmanuel - Dissertações Mediúnicas Sobre Importantes Questões Que Preocupam a Humanidade", "- Chico Xavier/Emmanuel.

27 março, 2013

Dores - Estímulos

Não digas que toda a problemática do sofrimento se vincula exclusivamente ao resgate correspondente a erros cometidos.

Onde colocaríamos o amor e o trabalho no dogmatismo de semelhante afirmação?

A própria natureza nos ensina, em silêncio, ofertando-nos soluções claras e simples ao desafio.

A pedra burilada interpretaria o martelo como sendo um perseguidor, entretanto, o martelo nada mais faz que alçá-la ao apreço das multidões.

A árvore nobre identificaria o machado que a derrubou por instrumento de tortura, no entanto, o machado apenas requisitou-a para serviço respeitável na residência do homem.

Observa o aluno, muitas vezes, em ásperas regras de estudo, sem o que não conseguiria o título profissional que demanda.

Reflete no bisturi manejado por mãos hábeis, ao rasgar os tecidos do paciente para restituir-lhe a saúde.

Ponderemos tudo isso, acolhendo as disciplinas da estrada com serenidade e proveito.

Sem dor não teríamos avisos edificantes, e sem obstáculos ninguém adquire experiência.

Indiscutivelmente, existem os quadros de expiação que nós mesmos criamos e que nos cabe aceitar com gratidão e respeito em nosso próprio auxílio.

Importa considerar, porém, que a vida está matizada de dores-estímulos sem o concurso das quais não entenderíamos a própria vida.

À vista disso, na maioria das circunstâncias, a provação é exercício de resistência, tanto quanto a dificuldade é medida de fé.

Perante o sofrimento, não te abatas nem esmoreças, e sim procura a mensagem construtiva de que todo sofrimento é portador.

Nas horas de aguaceiro, mentaliza os frutos que virão.

Quando a noite envolva a paisagem, pensa nas maravilhas do alvorecer.


Emmanuel
(De "Encontro de Paz", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)

25 março, 2013

Mediunidade e Você

Intuição - Exerça a faculdade da percepção clara e imediata, mas, para ampliar-lhe a área de ação, procure alimentar bons pensamentos de maneira constante.

Clarividência - Agradeça a possibilidade de ver no Plano Espiritual; no entanto, no esforço do dia a dia, detenha-se no lado bom das situações e das pessoas, para que os seus recursos não se comprometam no mal.

Clariaudiência - Regozije-se por escutar os desencarnados; todavia, aprenda a ouvir no cotidiano para construir a felicidade do próximo, defendendo-se contra a queda nas armadilhas da sombra.

Psicofonia - Empreste suas forças para que os Espíritos falem com os homens; contudo, na experiência comum, selecione palavras e maneiras, afim de que o seu verbo não se faça veículo para a influência das trevas.

Psicografia - Escreva com as entidades domiciliadas fora do mundo físico, mas habitue-se a escrever em benefício da paz e da edificação dos semelhantes, impedindo que a sua inteligência se faça canal de perturbação.

Materialização - Dê corpo às formações do plano extrafísico; entretanto, acima de tudo, concretize as boas obras.

Curas - Aplique passes e outros processos curativos, em favor dos enfermos; no entanto, conserve as suas mãos na execução dos deveres e tarefas que o Senhor lhe confiou.

Transportes - Colabore com os seus recursos psíquicos, trazendo através do transporte os objetos sem toque humano, mas carregue a caridade consigo para que ela funcione, onde você estiver.

Premonição - Rejubile-se com a responsabilidade de prever acontecimentos; todavia, busque sentir, pensar e realizar o melhor ao seu alcance, na movimentação de cada dia, para que a sua conversa não se transforme em trombeta de pessimismo e destruição.

Mediunidade em geral - Qualquer mediunidade serve a fim de cooperar no parque de fenômenos para demonstrações da existência do Espírito, mas não se esqueça de que a condução dos valores mediúnicos, para o bem ou para o mal, é assunto que está em você e depende de você em qualquer circunstância e em qualquer lugar.


Texto psicografado por Francisco Cândido Xavier, inspirado pelo espírito André Luiz (Paz e Renovação).

24 março, 2013

Os Guias da Umbanda

Os "Guias" da Umbanda são assim denominados por já terem percorrido com êxito o Caminho no qual outros peregrinos ainda ensaiam os primeiros passos. Eles conhecem bem os trechos mais tranquilos e os mais perigosos.

As subidas íngremes, os declives sinuosos, as curvas inesperadas, os atalhos duvidosos. Os regatos de águas potáveis e os de águas contaminadas. As árvores de frutos comestíveis e os arbustos de frutos venenosos. As paisagens exuberantes e outras nem tanto...

Sim, os Guias conhecem bem o Caminho porque já trilharam toda a sua extensão ora errando, ora acertando, mas sempre aprendendo e progredindo até finalmente chegar ao Destino traçado.

Então, descortina-se a eles um novo e promissor Caminho na Infinita Espiral da Evolução com experiências e aprendizados inéditos e empolgantes. No entanto, antes de prosseguir Viagem, os Guias da Umbanda voltam-se para a incontável multidão de almas peregrinas sedentas por orientação, amparo e sustentação.

Tocados pela Fraternidade e Compaixão, os Guias retornam ao início do Caminho para oferecer generosamente seus legados de Sabedoria a todos aqueles que por algum motivo se atrasaram no cumprimento de seus roteiros espirituais.

Essa é apenas uma das missões que os nobres Guias da Umbanda desempenham em favor da humanidade. Sejam eles reconhecidos por isto, ou não.

Por isso, Filho de Umbanda, antes de despejar toneladas de lamúrias, reclamações, barganhas, pedidos e favores absurdos no colo "do seu Guia", lembre-se: Os Guias são Servidores do Divino e não serviçais dos humanos.

Os Guias são Tutores e Amparadores Espirituais, e não "muletas" conscienciais, muito menos "amuletos" psicológicos para pessoas que não confiam em si mesmas.

Os Guias apreciam gratidão e sinceridade e não bajulação e futilidade. Os Guias são fontes de inspiração, instrução e iluminação e não de adivinhação, alienação e superstição. Os Guias não são condutores de gado, são Orientadores de Gente.

Pense bem nisso antes de delegar a administração de sua vida a terceiros, sejam eles encarnados ou astralizados. Saiba que ninguém caminhará por você. Ninguém te carregará no colo, a não ser sua própria ilusão... até o momento de você voltar à realidade na primeira pedra em que tropeçar.



Mensagem de Sr. Exu Marabô recebida espiritualmente pelo médium Vanderlei Alves (T. E. U. Caboclo Estrela do Mar) - Contatos: anhangassu@gmail.com

23 março, 2013

Dicas em Mediunidade

- Seja o mais discreto possível.

- Evite comentários pessoais em torno das faculdades de que seja portador.

- Direta ou indiretamente, não provoque palavras elogiosas a você.

- Não queira se antecipar à experiência que apenas o tempo lhe conferirá.

- Confie na ação dos  espíritos por seu intermédio, mas submeta tudo ao crivo da razão.

- Não permaneça na expectativa de bons resultados sem trabalho perseverante.

- Mesmo quando bem intencionados, acautele-se contra os bajuladores.

- Vacine-se contra a vaidade, não admitindo qualquer situação que o coloque em evidência.

- Não se afaste das atividades que, doutrinariamente, muitos consideram insignificantes.

- Jamais reivindique privilégios.

- Preocupe-se em dar exemplo de devotamento e amor à Causa.

- Eleja na prática da Caridade o seu ponto de sintonia contínua com os Planos Mais Altos.

- Aprenda a ouvir mais do que falar.

- Tenha sempre uma palavra de otimismo em seus lábios.

- Não condicione a sua presença na tarefa, fazendo com que a sua opinião prevaleça sobre as demais.

- Fuja de exercer domínio sobre quem quer que seja.

- Não ponha palavras suas na boca dos espíritos.

- Convença-se de que as Trevas possuem mil maneiras de fazê-lo cair.

- Toda vigilância de sua parte ainda é pouca.

- Quem aceita o primeiro suborno, começa a se vender por inteiro.

- Escolha caminhar entre pontos de referência que, realmente, possam lhe dar segurança na jornada.

- Não se considere completamente imune à fascinação.

- Em favor de seu equilíbrio mental, não ignore a sua condição de mero instrumento.

- Estude, mas não para mostrar que sabe e, sim, para que melhor avalie o tamanho de sua ignorância da Verdade.

- Com a sua condição de médium, não atropele a sua condição de espírita.

- O médium que mais recebe é aquele que mais doa.

- Faça, a sós, as preces que você costuma fazer em público.

- Dignifique o seu lar e a sua família.

- Não olvide que ninguém é melhor médium do que pessoa.

- O alicerce do edifício da mediunidade chama-se caráter.


Livro: Ao Médium Principiante
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Spartaco Ghilardi
LEEPP - Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo

22 março, 2013

Para Umbandistas: Chás

Salve turminha das ervas e do amor à mãe Natureza. Mesmo não sendo o objetivo dessa coluna, vamos atender a alguns pedidos de leitores e falar um pouquinho sobre os chás.

É praticamente impossível não falarmos algo sobre o preparo das ervas na medicina popular. Mesmo porque esse poder de cura milenar é também revestido de muitos mitos e dogmas, na maioria das vezes populares ou mesmo familiares. Vemos muitos questionamentos serem feitos sobre o que pode e o que não pode sobre o seu preparo e uso. Muitos desses questionamentos se devem ao fato de os escritos sobre ervas derivarem sempre das mesmas fontes, consagrados pesquisadores do passado, que em suas intrigantes formas de encontrar respostas, conceituaram muito dos preparos ao seu universo presente, ou seja, se o especialista da época usava um cadinho de porcelana para fazer um amassado de ervas, com certeza dirá que o adequado para o preparo de um amassado de ervas é apenas o cadinho de porcelana.

Conceitualmente, o chá é um remédio natural. O uso das propriedades curativas e preventivas da erva está no consciente coletivo como  uma poderosa ferramenta.

Os chás devem ser preparados com extrema higiene, seguindo algumas regras básicas do bom procedimento, e seguindo também algumas formas consagradas de preparo como descreveremos a seguir:

a) Usar preferencialmente para o preparo do chá, uma panela de vidro ou inox. No entanto, se você não tiver um desses apetrechos, pode sim fazer seu preparo na sua leiteira, chaleira, panela de alumínio ou afim. Eles não devem ficar no alumínio e principalmente no plástico. Não é meia dúzia de preparos numa panela de alumínio que vão fazer mal a alguém. Se lembrarmos, nós que moramos nas cidades, inalamos substâncias muito mais perigosas no ar poluído.

b) Os chás devem ser administrados na hora que são preparados. A maioria dos preparos fermentam depois de algum tempo. O ideal é não deixar o preparo ultrapassar seis horas.

c) Podemos guardar o preparo na geladeira sim. Seguindo o mesmo critério das seis horas de preparo.

Os métodos para o preparo dos chás variam pelo tipo de erva a ser usada. Fresca, seca, parte dura como casca, semente ou parte mais mole como folha, caule, requerem tipos diferentes de preparo. Vamos citar os tipos mais comuns, lembrando que essas informações sobre os chás são bastante comuns.

Para preparar o chá, há várias maneiras. As principais são:

a) Infusão: Derramar água fervendo sobre as ervas numa vasilha e deixar tampado por pelo menos 10 minutos, ou até esfriar. Esse preparo é adequado para as partes moles da erva. Folhas, caule e flores são indicados para esse método. Raízes, cascas ou sementes para serem usadas assim devem estar bem picadas ou trituradas.

b) Decocção: Coloca-se as ervas num panela ou bule e completa-se com água. Deixa ferver por uma média de 15 minutos. Esse preparo é indicado para partes duras da erva, como raízes, casca e sementes.

c) Tisana: Quando a água da panela estiver fervendo, coloca-se as ervas e deixa ferver por mais uns 2 minutos. Tire do fogo e deixe repousar por alguns minutos ou até esfriar. Esse método pode ser usado para qualquer preparo de chás.

d) Maceração: Colocar as ervas de molho em água fria, durante umas 6 horas pelo menos. Esse método é bastante usado para ervas frescas.

Depois de preparado, o chá pode ser adoçado com mel, açúcar comum ou mascavo de preferência. Para os diabéticos pode ser usado Stévia (Stévia rebaudiana), um adoçante natural, junto ao chá. Ou mesmo o adoçante de sua preferência.

Resta lembrar que a água usada nos chás deve ser potável. E as ervas devem ser de muito boa procedência, devendo ser evitadas as que ficam expostas em barracas sob a ação da poeira e poluição.

Não vamos aqui dar receitinhas consagradas na farmacopeia popular, por entender que há muitas publicações formatadas por especialista no assunto.

Então, para não perder o costume, uma ficha de erva ritualística.

Alfazema (Lavanda) - Lavandula officinalis Chaix

Cultivada como ornamental, as alfazemas ou lavandas como são comumente chamadas, tem origem européia e apenas algumas espécies desenvolvem-se bem no Brasil. É um subarbusto de folhas verdes acinzentadas e cujas flores e sementes são extremamente cheirosas. Uma variedade que pega muito bem em nosso clima é a Lavandula dentata var candicans.

Há de se prestar bastante atenção na identificação desta erva, pois além de receber vários nomes populares que a remetem à família dos alecrins e hissopos, seu aroma característico cria muita confusão.

Usada como um poderoso equilibrador, na forma tradicional de essência ou perfume (seiva de alfazema) durante os rituais religiosos.

Seu uso não se limita a banhos e defumações, sendo largamente usada fresca ou seca, em óleos e azeites consagrados, amacis e ornamentos.

Energia vibratória tranquilizadora, não chega a ser um calmante espiritual, mas traz a paz de espírito necessária à resolução dos problemas cotidianos e no específico à aceitação e compreensão de perdas. Uma erva "maternal" com característica harmonizadora. Por essas qualidades é associada também ao desenvolvimento e preparação dos médiuns.

Sinônimos botânicos: Lavandula augustifolia Mill.; Lavandula spica L.

Sinônimos populares: Lavanda; Lavanda Inglesa; Lavandula.

Indicações ritualísticas: Acalmadora do espírito, tranquiliza as situações difíceis. Harmonia.

Ação (verbos): Harmonizar, tranquilizar.

Cor energética: Cristalino Azulado, Azul Claro.

Orixás principais: Iemanjá, Oxalá e Oxum.


Texto retirado da Newsletter nro. 144 - Espaço do Erveiro (Adriano Camargo)

21 março, 2013

O Estranho

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade.

Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família.

O estranho aceitou e desde então tem estado conosco.

Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.

Meus pais eram instrutores complementares.

Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.

Mas o estranho era nosso narrador.

Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.

Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!

Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.

Fazia-me rir, e me fazia chorar.

O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.

Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez, para que o estranho fosse embora).

Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las.

As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa! Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.

Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.

Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pelo estranho.

Repetidas vezes o criticaram, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.

Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao princípio.

Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...

Seu nome?

Nós o chamamos Televisor...

Obs.: Agora, este Televisor tem uma esposa que se chama Computador, e um filho que se chama celular! Acho que devemos ter muito cuidado com estes dois novatos, já que o primeiro foi a lareira da sala de visitas de nossas vidas, onde queimamos nossas raízes...



Texto com autoria desconhecida.

20 março, 2013

Dez Sugestões

Dez sugestões para meditar, antes da crítica:

1 - colocar-nos no lugar da pessoa acusada, pesquisando no íntimo quais seriam as nossas reações nas mesmas circunstâncias.

2 - perguntar a nós mesmos o que já fizemos, em favor da criatura em dificuldade para que ela não descesse de nível.

3 - reconhecer o grau de responsabilidade que nos compete no assunto em pauta.

4 - observar o lado bom do irmão ou da irmã em lide, a fim de concluir se não temos mais razões para agradecer e louvar do que para aborrecer ou reprovar.

5 - recorrer à memória e lembrar, com sinceridade, se já conseguimos vencer qualquer grande crise moral da existência, sem o auxílio de alguém.

6 - verificar, em sã consciência, se temos efetivamente certeza da falta pela qual são apontados o companheiro ou a companheira, em torno de quem somos convidados a emitir opinião.

7 - deduzir, pelo estudo de nós próprios, se possuímos suficientes recursos para corrigir sem ofender.

8 - examinar até que ponto a criatura acusada terá agido exclusivamente por si ou sob controle e domínio de obsessores, sejam eles encarnados ou desencarnados, com interesse na perturbação do ambiente em que vivemos.

9 - refletir na maneira pela qual estimamos ser tratados por nossos amigos quando entramos em erro.

10  - orar pelos nossos irmãos menos felizes e por nós mesmos, antes de criticar-lhes quaisquer manifestações.


André Luiz
(De "Passos da Vida", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)

19 março, 2013

Maledicência: Não fales mal de ninguém

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão última dessa mania de maledicência? É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz.

São como vagalumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência. Falar mal das pessoas, das coisas alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com whisky, gin ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.

Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades. Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel. Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste. Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.

Pense nisso!

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-se das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura.

A maledicência começa na palavra do reprove inoportuno.

Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente. Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz.

Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina. Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, "a boca fala do que está cheio o coração!"


Texto extraído do livro "A Essência da Amizade" - de Humberto Hohden - Editora Martin Claret

18 março, 2013

Pedido de uma criança a seus pais...


Não tenham medo de serem firmes comigo.
Prefiro assim. 
Isto faz com que eu me sinta mais segura. 
Não me estraguem. 
Sei que não devo ter tudo o que peço.
Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos. 
Dependo de vocês para saber o que é certo, o que é errado.

Não me corrijam com raiva, nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular.
Não me protejam das consequências de meus erros.
Às vezes eu preciso aprender pelo caminho áspero. 

Não levem muito à sério as minhas pequenas dores. 
Necessito delas para poder amadurecer. 
Não sejam irritantes ao me corrigirem.
Se assim o fizerem, eu poderei fazer 
o contrário do que me pedem. 

Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isto me deixa profundamente desapontada. 

Não ponham à prova a minha honestidade.
Sou facilmente levada a dizer mentiras.
Não me apresentem um
Deus carrancudo e vingativo.
Isto me afastaria d'Ele. 

Não desconversem quando faço perguntas,
senão serei levado a procurar as respostas
na rua todas as vezes que não as tiver em casa. 

Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis.
Ficarei extremamente chocada quando
descobrir um erro de vocês. 

Não digam simplesmente que meus receios e medos são bobos. Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los. 

Não digam que não conseguem me controlar.
Eu me julgarei mais forte que vocês.

Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se que eu tenho o meu próprio modo de ser.

Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isto irá criar em mim, mais cedo ou mais tarde, o espírito de intolerância.

Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesma. Não queiram ensinar tudo pra mim. 

Não tenham vergonha de dizer que me amam. Eu necessito desse carinho e amor para poder transmiti-lo à vocês e aos outros. 

Não desistam nunca de me ensinarem o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo.
Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim, o fruto daquilo que plantaram.


(Autor Desconhecido)

17 março, 2013

Feliz Coração


Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!…

Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem…

Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!…
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança…

Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa…
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!…

Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento…

Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.
Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.


Psicografado por Chico Xavier, inspirado pelo espírito Meimei.

16 março, 2013

O Começo da Trajetória Umbandista: O Adentrar num Terreiro

Por diversas vezes, frente à diferentes atitudes, lembro-me que uma das minhas primeiras dúvidas foi: "Qual a melhor maneira para adentrar e permanecer em um centro/terreiro de umbanda? O que devo portar? O que devo falar? Vou vestido com roupas normais ou todo de branco? As mulheres podem ou não usar maquiagem? Cruzar os braços é errado?"

O primeiro passo para entendermos o comportamento dentro de um terreiro é ter a consciência que estamos em um espaço Sagrado onde Deus se faz presente durante todo o tempo. Conscientes disso, conseguimos sanar muitas de nossas dúvidas.

Como em todo espaço religioso, temos que nos preocupar com as nossas vestimentas. Para as mulheres, por exemplo, sugiro evitar roupas decotadas, transparentes e apertadas como short, bermuda, mini blusa, camiseta regata etc. É um local de recolhimento espiritual e por isso, exige trajes adequados para um ambiente religioso. Para os homens evitar bonés, regatas e roupas coladas, é uma forma de respeito. Você que está indo visitar um templo, vá com sua roupa do dia a dia. Aquele que faz parte da assistência (visitantes), não é necessário comparecer com roupas brancas, a não ser que seja alguma determinação dos dirigentes da casa ou em dias especiais que serão avisados previamente.

Assim como em todo âmbito social, a higiene é indispensável. Não há nenhum problema em nos arrumarmos e irmos bem vestidos aos espaços religiosos desde que tenhamos em mente o nosso objetivo: O contato com o Sagrado.

Durante o contato com Deus, não são exigidos utensílios pessoais. Sendo todos eles dispensáveis dentro do âmbito religioso. Assim, evite portar utensílios desnecessários e lembre-se de deixar aparelhos sonoros e celulares desligados ou no modo silencioso.

"O Silêncio é uma prece". Procure manter-se em silêncio antes, durante e após os trabalhos, enquanto permanecer dentro do templo. Mantenha-se em sintonia consigo mesmo, concentre-se. Dedique minutos de silêncio para sua meditação e lembre-se: a espiritualidade inicia suas atividades bem antes do começo dos trabalhos. Em diversos terreiros é aconselhado não cruzar os braços, mãos ou pernas evitando o cruzamento de energias, prestar atenção às dicas dos espaços sagrados é um precioso conselho. Porém, antes de nos atentarmos à cruzamentos de braços e pernas, descruzamos os nossos corações contra quaisquer pré-conceitos que acercam nossas mentes bem como pensamentos que destoam de um ambiente sagrado.

Para finalizar, tenha em mente suas necessidades. Concentre-se em seu pedido e esteja preparado para, ao ser chamado, ser claro ao guia espiritual ou entidade que lhe atender. Que Pai Oxalá continue vos abençoando.

Saravá a Umbanda.

Texto de David Dias Delgado - Contato: djdavidws@hotmail.com

15 março, 2013

Para Umbandistas: As três Ordens de Espíritos na Umbanda e na Espiritualidade

A Doutrina Umbandista nos ensina que há três ordens de espíritos: espíritos puros; espíritos bons e espíritos imperfeitos.

- Primeira Ordem - Os espíritos puros são aqueles que já alcançaram à perfeição (grau de Orixá).

- Segunda Ordem - Os espíritos bons alcançaram a metade da escala evolutiva e o desejo do bem é sua preocupação (são os Guias Espirituais, Exus e Pombas Giras militantes na faz de incorporação).

- Terceira Ordem - Os espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões que lhes retardam o progresso (são os quiumbas).


TERCEIRA ORDEM - OS ESPÍRITOS IMPERFEITOS

Os espíritos da terceira ordem, os imperfeitos (predominância da matéria sobre o espírito), dividem-se em:

- Espíritos impuros: são inclinados ao mal e fazem dele o objeto de suas preocupações. Como espíritos dão conselhos desleais, fomentam a discórdia, a desconfiança e se mascaram de todas as formas para melhor enganar. Ligam-se aos homens de caráter bastante fraco para cederem às suas sugestões, a fim de prejudicá-los, satisfeitos em poderem retardar o seu progresso e fazê-lo sucumbir nas provas por que passam.

- Espíritos levianos: são ignorantes, maliciosos, inconsequentes e zombeteiros. Envolvem-se em tudo, respondem a tudo, sem se preocuparem com a verdade. Comprazem-se em causar pequenos desgostos e pequenas alegrias, atormentando, induzindo maliciosamente ao erro por meio de mistificações e travessuras. Sua linguagem durante as comunicações é algumas vezes espiritual e engraçada, mas quase sempre sem conteúdo.

- Espíritos pseudo/sábios: seus conhecimentos são bastante amplos, mas crêem saber mais do que realmente sabem. Suas comunicações revelam uma mistura de verdades ao lado dos erros mais absurdos, nos quais se percebem a presunção e o orgulho, a inveja e a obstinação das quais não puderam se despir.

- Espíritos neutros: não são nem muito bons para fazerem o bem, nem muito maus para fazerem o mal, inclinando-se tanto para um como para outro e não se elevam acima da condição vulgar da Humanidade, tanto pela moral como pela inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, cujas alegrias grosseiras não têm mais.

- Espíritos batedores e perturbadores: estes espíritos não formam, propriamente falando, uma classe distinta pelas suas qualidades pessoais, podendo pertencer a todas as classes da terceira ordem evolutiva. Manifestam frequentemente sua presença por meio de efeitos sensíveis e físicos, tais como: pancadas, o movimento e o deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc.

Todos os espíritos podem produzir esses fenômenos, mas os espíritos elevados os deixam em geral como atribuições dos espíritos subalternos, mais aptos às coisas materiais do que as coisas inteligentes.

Dentro da classificação dos espíritos da terceira ordem, os espíritos imperfeitos, encontraremos o que nominamos na Umbanda de quiumba.

O que é quiumba?

Existem casos de médiuns desavisados, não doutrinados, ignorantes e não evangelizados, que abrem as portas de sua mediunidade para a atuação de quiumbas, verdadeiros marginais do baixo astral, que tudo farão para ridicularizar não só o médium, como o terreiro, bem como a Umbanda. Em muitas incorporações onde a entidade espiritual ora se faz presente como Guia e hora como Exu, ou é a presença do animismo do médium (arquétipo) ou é a presença de um quiumba. Vamos estudar e entender a atuação dos quiumbas, para uma fácil identificação:

O quiumba nada mais é do que o marginal do baixo astral, e também é considerado um tipo de obsessor. Espíritos endurecidos e maldosos, que fazem o mal pelo simples prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é do bem querem a todo custo destruir. Esses espíritos, "quiumbas", vivem onde conhecemos por "Umbral" onde não há ordem de espécie alguma, onde não há governantes e é cada um por si. Muitas vezes são recrutados através de propinas, pelos magos negros para que atuem em algum desafeto.

Na Umbanda existe uma corrente de luz, denominada de Boiadeiros, que são especializados em desobsessão, na caça e captura desses marginais (os quiumbas os temem muito), e os trazem até nós para que através da mediunidade redentora possam ser "tratados", ou seja, terem seu corpo energético negativo paralisado através da incorporação e serem levados para as celas prisionais das Confrarias de Umbanda, onde serão devidamente esgotados em seus mentais e futuramente se transformarão em um sofredor, e aí sim estarão prontos a serem encaminhados aos Postos de Socorros Espirituais mais avançados, pois já se libertaram através do sofrimento, de toda a maldade adquirida.

O processo que devemos realizar para evitar os nossos irmãos "quiumbas" é o mesmo da obsessão, mas, o processo para "tratá-los" é peculiar a Umbanda e cada caso é analisado particularmente pelos Guias Espirituais que utilizam diversas formas (que conhecemos como arsenal da Umbanda) para desestruturar as manifestações deletérias negativas desses nossos irmãos.

Como identificar um quiumba incorporado?

O que infelizmente observamos na mediunidade de muitos é a abertura para a atuação dos verdadeiros quiumbas, se fazendo passar por Exus, Pombas Giras ou mesmo Guias Espirituais, trazendo desgraças na vida do médium e de todos que dele se acercam. Notem bem, que um quiumba, ser trevoso e inteligente, somente atuará na vida de alguém, se esta pessoa for concomitante com ele, em seus atos e em sua vida. Os afins se atraem. O médium disciplinado, doutrinado e evangelizado, jamais será repasto vivo dessas entidades. Lembre-se que o astral superior é sabedor e permite esse tipo de atuação e vibração para que o médium acorde e reavalie seus erros, voltado à linha justa de seu equilíbrio e iniciação.

Como os quiumbas são inteligentes, quando atuam sobre um médium, se fazendo passar por um Exu ou uma Pomba Gira, imediatamente assumem um nome, que jamais será os mesmos dos Exus ou das Pombas Giras de Lei, pois são sabedoras da gravidade do fato, pois quando assumirem um nome esotérico ou cabalístico iniciático de um verdadeiro Exu ou de uma verdadeira Pomba Gira, imediatamente e severamente serão punidos.

Por isso vemos, infelizmente, em muitos médiuns, esses irmãos do baixo astral incorporados, mas é fácil identificá-los. Vamos lá:

- Pelo modo de se portarem: são levianos, indecorosos, jocosos, pedantes, ignorantes, maledicentes, fofoqueiros e sem classe nenhuma.

- Quando incorporados: machões, deformados, manquitolas, carrancudos, sem educação, com esgares horrorosos e geralmente olhos esbugalhados. Muitos se portam com total falta de higiene, babando, rosnando, se arrastando pelo chão, comendo carnes cruas, pimentas, ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas, fumando feito um desesperado, ameaçando a tudo e a todos. Geralmente (homens) ficam com o peito desnudo (isso quando não tiram à roupa toda); alguns utilizam imensos garfos pretos nas mãos, e mulheres totalmente desnudas.

- Geralmente, nos ambientes em que predominam a presença de quiumbas, tudo é encenação, fantasia, fofoca, libertinagem, feitiçaria pra tudo, músicas (pontos) ensurdecedoras e desconexas, nos remetendo a estarmos presentes num grande banquete entre marginais e pessoas de moral duvidosa.

- Nesses ambientes, as consultas são exclusivamente efetuadas para casos amorosos, políticos, empregatícios, malandragem, castigar o vizinho, algum familiar, um ex-amigo, o patrão, etc. Os atendimentos são preferenciais, dando uma grande atenção aos marginais, traficantes, sonegadores, estelionatários, odiosos, invejosos, pedantes, malandros, alcoólatras, drogados, etc., sempre incentivando, e dando guarida a tais indivíduos, procedendo a "fechamento de corpos", distribuindo "patuás e guias" a fim de protegê-los. Com certeza, neste ambiente estará um quiumba como mentor.

- Certamente será um quiumba, quando este pedir o nome de algum desafeto para formular alguma feitiçaria para derrubá-lo.

- Os quiumbas costumam convencer as pessoas que são portadoras de demandas, magias negras, feitiçarias, olhos gordos, invejas, etc., inexistentes, sempre dando nome aos bois, ou seja, identificando o feitor da magia negra, geralmente um inocente, para que a pessoa fique com raiva ou ódio, e faça um contra feitiço, a fim de pretender atingir o inocente para derrubá-lo. Agindo assim, matam dois coelhos com uma cajadada só: afundam ainda mais o consulente incauto que irá criar uma condição de antipatia pelo pretenso feitor da magia, e pelo inocente que pretendem prejudicar.

- Os quiumbas invariavelmente exigem rituais disparatados, e uma oferenda atrás da outra, todas regadas a muita carne crua, bebidas alcoólicas, sangue e outros materiais de baixo teor vibratório. Atentem bem, que sempre irão exigir tais oferendas constantemente, a fim de alimentarem suas sórdidas manipulações contra os da Luz, e sempre efetuadas nas ditas encruzilhadas de rua ou de cemitério, morada dos quiumbas.

- Pelo modo de falarem: impróprio para qualquer ambiente (impropérios). É impressionante como alguém pode se permitir ouvir palavrões horrorosos, a guiza de estarem diante de uma pretensa entidade a trabalho da luz.

- Pelas vestimentas: são exuberantes, exigentes e sempre pedem dinheiro e jóias aos seus médiuns e consulentes.

- Os quiumbas incitam a luxúria, incentivam às traições conjugais, as separações matrimoniais e geralmente quando incorporados, gostam de terem como cambonos, alguém do sexo oposto do médium, geralmente mais novos e bonitos (imaginem o que advirá disso tudo).

- Os quiumbas, nos atendimentos, gostam de se esfregarem nas pessoas, geralmente passando as mãos do médium pelo corpo todo do consulente, principalmente nas partes pudentas.

- Os quiumbas incorporados conseguem convencer algumas consulentes, que devem fazer sexo com ele, a fim de se livrarem de possíveis magias negras que estão atrapalhando sua vida amorosa. E ainda tem gente que cai nessa.

- Se for uma quiumba, mesmo incorporadas em homens, costumam alterar o modo de se portarem, fazendo com que o homem fique com trejeitos femininos e escrachados, inclusive travestindo-os com roupagens femininas, exuberantes e exóticas, em muito parecendo cortesãs ou mesmo donas de cabarés.

- Os quiumbas atendem a qualquer tipo de pedido, o que um Guia Espiritual, ou Guardiões de Lei jamais fariam. Ao contrário, eles bem orientariam o consulente ou o seu médium, da gravidade e das consequências do seu pedido infeliz.

- Os quiumbas (e só os quiumbas) adoram realizar trabalhos de amarração, convencendo todos de que tais trabalhos são necessários e que trarão a pessoa amada de volta (ledo engano quem assim pensa). Esquecem-se de que existe uma Lei Maior que a tudo vê e a tudo provê. Se fosse assim tão fácil "amarrar" alguém, certamente não existiriam tantos solteiros por este país afora.

- Os quiumbas fazem de um tudo para acabar com um casamento, um namoro, uma família, incitando as fofocas, desuniões e magias negras.

- No caso de quiumbas se passando por um Guia Espiritual ou mesmo por um Guardião, geralmente utilizam de nomes esdrúxulos, indecorosos e horrorosos, remetendo a uma condição inferior.


SEGUNDA ORDEM - BONS ESPÍRITOS

Características gerais: predominância do espírito sobre a matéria. Desejo do bem. Suas qualidades e seu poder em fazer o bem estão relacionados com o adiantamento que alcançaram, uns tem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Os mais avançados reúnem o saber às qualidades morais.

Compreendem Deus e o infinito e já desfrutam da felicidade dos bons.

A esta ordem pertencem os espíritos designados pelas crenças vulgares sob o nome de gênios bons, gênios protetores e espíritos do bem.

Os bons espíritos classificam-se em quatro grupos principais:

- Espíritos benevolentes - sua qualidade dominante é a bondade.

- Espíritos sábios - são os que se distinguem, principalmente, pela extensão dos seus conhecimentos.

- Espíritos de sabedoria - caracterizam-se pelas qualidades morais da natureza mais elevada.

- Espíritos superiores - reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade. Sua linguagem não revela, senão benevolência, e é constantemente digna, elevada e frequentemente sublime.

Comunicam-se voluntariamente com aqueles que procuram a verdade de boa fé e que têm alma desligada dos laços terrenos.

Distanciam-se daqueles que se animam só de curiosidade ou que a influência da matéria afasta da prática do bem.

Por Espíritos Bons, temos: Caboclos, Pretos Velhos, Crianças (Erês), Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos, Linha do Oriente e Guardiões de Lei (Exus e Pombagiras).


PRIMEIRA ORDEM - ESPÍRITOS PUROS

Características gerais: não sofrem influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta em relação aos espíritos de outras ordens.

Primeira classe (classe única) - Percorrem todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeições de que é suscetível a criatura, não têm mais que suportar provas ou expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação (venceram a Roda de Samsara, segundo os Hindus) em corpos perecíveis, é para ele a vida eterna que desfrutam no seio de Deus.

Gozam de inalterável felicidade. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Comandam a todos os espíritos que lhe são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoarem e lhes designam as suas missões. Assistir os homens em suas aflições, concitá-los ao bem ou à expiação das faltas que os mantêm distanciados da felicidade suprema é, para eles, uma doce ocupação. São designados à vezes sob o nome de Orixás, Anjos, etc.

Os homens podem entrar em comunicação com eles, mas bem presunçoso seria aquele que pretendesse tê-los constantemente às suas ordens.


LIVRO: AS HIERARQUIAS ESPIRITUAIS DE TRABALHO NA UMBANDA - FORMAS DE APRESENTAÇÃO E ATUAÇÃO DOS GUIAS ESPIRITUAIS NA UMBANDA.