31 outubro, 2011

Na Senda com o Guerreiro...

Viajo a uma velocidade espantosa no espaço. Parece que não mais sou eu que me movimento, mas sim o espaço "passa por mim", quadro a quadro, e uma distância inexplicável e incontável é vencida em questões de segundos. Quando novamente consigo centrar-me, vejo que estou em uma casa humilde, um pouco escura, com uma lareira acesa e um velho homem sobre ela debruçada. Percebo que esse homem parece retirar algo da lareira. Esforço-me um pouco e vejo ser uma lâmina incandescente. Finalmente o homem percebe que eu estou próximo e me saúda com um singelo "oi".

Diz, que estava me esperando, que ele me mostraria uma coisa, algo importante. Começa a martelar a lâmina tentando dar a ela um formato reto, firme, etc. Enquanto vai fazendo isso, começa a cantarolar uma canção. Finalmente termina, fundi a lâmina com um belo cabo dourado e uma bonita espada está formada. Ele me entrega a espada, perguntando-me:

- Filho, o que você tem em sua mão?
- Ora, uma espada - respondo eu meio surpreendido por uma pergunta tão "boba".
- Certo, e para que serve uma espada?
- Bem, uma espada normalmente é uma arma utilizada em batalhas para causar ferimentos nos inimigos...
- Ah sim, nos inimigos - diz o velho pensativo...
- Sabe, foi exatamente para isso que eu te trouxe aqui. Sou um velho ferreiro e depois de fazer tantas armas, me tornei um mestre também no manejo delas. A espada é símbolo de batalha filho! Símbolo de força que corta todo o mal. O problema é achar o mal. Normalmente a gente procura fora, nos outros, quando em verdade, o mal está dentro da gente. Saímos distribuindo "espadadas" em todo mundo, mas esquecemos de olhar para dentro do coração. Lá pode morar o mais belo diamante ou o mais terrível demônio. Antes de usar essa espada, primeiro olhe o seu coração e veja se nele existe um diamante ou um demônio, só então a usará com sabedoria.

É, isso fazia sentido. Colocar a culpa em outros e distribuir "porrada" era fácil, difícil é lutar contra os monstros internos.

Logo em seguida, o velho pegou um escudo muito bonito e brilhante, com uma bela pedra vermelha escarlate presa em seu centro. Colocou o escudo em minha mão e me perguntou:

- Filho, para que serve um escudo?
- Bem, o escudo a gente usa para nos defendermos do ataque dos inimigos...
- Defender dos ataques dos inimigos... - disse-me novamente pensativo...
- Meu filho, o escudo normalmente é uma arma muito resistente, pois precisa aguentar os impactos das armas inimigas. Mas você já percebeu como o lado interno do escudo é frágil? Tente defender algum ataque com o lado interno e logo o escudo se partirá! Assim também é em nossa vida. Dos ataques externos sempre poderemos nos proteger com um escudo. Mas, e os ataques internos? Esse nenhum escudo do mundo poderá nos defender, pois ele é forte em sua parte externa, mas frágil internamente...

Fiquei surpreso com a explicação do velho. Era inteligente e eu nunca tinha pensado nisso. Quem seria esse estranho velhinho que me passava esses conhecimentos? Não estava entendendo, não ainda...

- Vem filho, vamos lá fora. Lá vem a útlima parte de nossa conversa...

Saímos e me vi em um belo campo. Nesse campo uma estrada reta e infinita abria-se até a linha do horizonte, perdendo-se da minha visão. Lá na frente um brilho enorme como um sol, ou uma estrela. Interessante, a frente o amplo e belo campo ia tornando-se feio, tenebroso e escuro, mas para minha surpresa, o caminho aberto continuava luminoso. Era como uma senda de luz, que trespassava a escuridão:

- Filho, você é jovem e ainda terá que trilhar a sua própria senda. Eu sou um ancião que já trilhei muitas sendas e hoje ajudo aqueles que a estão trilhando. Assim faço por muito tempo e ainda assim farei por muito mais. Agora preste atenção no que irei te dizer. Esse é o caminho reto da sua vida. Você deve seguí-lo até o fim. Percebe que no fim uma bela estrela o aguarda. Mas entende também, que quando distancia-se da senda, é jogado em um campo, ou melhor, em um pântano escuro e tenebroso. Por isso, guia-se pelo seu coração e nunca perca o caminho reto da Lei.

E então algo muito diferente aconteceu, muito místico, algo inexplicável...

O velho em pura luz converteu-se, e quando vi, o mais belo guerreiro estava a minha frente. Deve ser um pai Ogum, pensei! E realmente o era...

Primeiramente deu-me a espada, e disse que enquanto o meu coração brilhasse, a minha espada seria invencível pois a Justiça a guiaria. Disse-me ainda, que apenas a mão do amor pode utilizá-la com sabedoria...

O Escudo também me foi dado. Com ele me protegeria dos ataques externos, contrários à trilha da minha senda. Mas ele tinha um significado maior, e lembrava-me que internamente é onde mora os verdadeiros perigos e contra esses, o escudo não teria força alguma...

Por fim, o mais surpreendente. O caminho luminoso a minha frente sumiu e transformou-se numa bela lança com uma ponta que brilhava como uma linda estrela. Essa lança entrou diretamente em meu peito e lá ficou alojada. Era o caminho reto da Lei. Era a senda de luz que eu teria que trilhar. Ela estava marcada em meu coração, e por ela eu viveria eternamente...

Sou jogado no espaço e faço o caminho de volta na mesma velocidade, novamente a sensação de que eu não me movimento, mas sim o espaço passa por mim em uma velocidade impressionante. Finalmente, acordo! Será que foi um sonho?

Não! Foi real. Choro de agradecimento. Sinto a oportunidade dada e agradeço. A Senda que me leva ao Criador está em meu coração. É um caminho de luz e amor. Por isso choro...

Obrigado luz! Obrigado meu Pai Ogum. Obrigado meu Pai Oxalá...

(Texto de Fernando Sepe)



30 outubro, 2011

Muito mais pelo Amor...

A solidão profunda invade a alma dos Seres Viventes neste Planeta, nesta hora tão delicada da humanidade.
Doenças estranhas invadem a mente e somatizam os corpos, os avanços tecnológicos de nada servem para barrar a grande solidão que encaminha gritante...
Os sintomas eclodem num pedido de socorro e são vistos como inimigos a se retirar com procedimentos médicos. A febre do corpo anuncia a luta em falar para você: "acorde, levante... Eu TE AMO"... E tome dipironas contra o nosso maior amigo: o sintoma.
A ansiedade vem forte mandando você ir e falar logo (e tome um rivotril e joga-se na sombra o caminho de resolução). Deus nos dá milhões de recursos diários para desta vez dar certo, mas perdemos todos eles. Deus está na porta de sua casa batendo, mas você não escuta hipnotizado na nova simpatia do jornal para "dar certo"...
Você entra no cinema e as pessoas contam duas cadeiras e se sentam (não gostam de estar juntas ou se tocar). Entram em suas casas e os fornos microondas assassinam a mesa de jantar com todos passando os pratos e olhando-se contando os casos do dia... Entram no trabalho em silêncio, abrem o MSN ou e-mail interno e dão bom dia com uma carinha de sorriso...
Mudam o perfil de suas redes sociais com uma frase que na prática é utopia para sua ação. Nossa alma palpita solidão. Evitamos o erro e adiamos o acerto.
Anote a frase acima, leia de novo...
Chamamos de demônio uma parte nossa que precisa apenas de amor. Tentamos nos afastar para meditar e subir montanhas para ter a luz e erramos feio. Pensamos ser plantas produtoras de fotossíntese...
Desacreditamos no outro. Esquecemos de apenas abraçar.
Você pode atrair tudo de bom para sua vida se apenas tocar, cheirar o suor e abraçar sem medo.
Aceitar as provações, traições, inimigos... Como provas necessárias para subir e realmente mudar. Não são as pessoas que não nos causam dor as que nos ensinam. São sim aquelas que fazem sangrar, os enviados de Deus para o exercício real do amor, do perdão e do que mais se possa fazer...
Você procura na rua, na igreja, na balada... a solução... E ela dorme na sua cama, na sua casa ou do seu lado agora no trabalho. Você já tem o que precisa, mas viaja o mundo para entender.
Então o Ser Humano se trancou em comunidades virtuais, frases feitas e avatares. Adoeceu e adoece loucamente... E deixa-se ir lentamente...
Apenas abrace, abrace agora! Talvez você não tenha outra chance.
Só lembro que sonhei com algo lindo, mas não lembro, não lembro...
Acordei apenas com uma voz no ouvido da alma dizendo: apenas abrace, pode não haver outra chance.


 
(Mensagem enviada por Marta Valesca Vieira da S. Lopes, no site RBU - Rede Brasileira de Umbanda).

29 outubro, 2011

Como compreender a Umbanda?

Há três anos atrás o Brasil inteiro comemorou os 100 anos da Umbanda, mas nem todos se deram conta do quanto conquistamos com este marco, que pode parecer pouco em comparação à idade cronológica das outras religiões, porém, o que ganhamos não tem nada a ver com tempo e sim com reconhecimento.

Aos poucos, as pessoas e os próprios umbandistas estão se dando conta de que a Umbanda é uma Religião Brasileira. Com todos os prós e contras que esta identidade oferece. O brasileiro vive uma relação de amor e ódio consigo mesmo (com o que é brasileiro), adoramos nossas qualidades e detestamos nossos defeitos. Somos um povo apaixonado e Umbanda é uma Religião apaixonante, é brasileira, tem ginga, encanto e magia. Umbanda se canta em verso e prosa; se toca no nagô, angola e ijexá; batendo o ritmo na palma da mão, para quem quiser ver. Umbanda dança, gira e roda nas voltas de nosso coração, para nos tirar do eixo de comodismo e mesmice que a sociedade nos condicionou, com seus dias; protocolos e métodos repetitivos, iguais e mecânicos.

Umbanda cheira guiné, arruda e alecrim; mirra incenso e benjoin. Umbanda nos pega pelos cinco sentidos e nos leva ao transcendente para além do sexto e sétimo sentidos. Umbanda é a Cachoeira de Oxum, a Mata de Oxóssi, a Pedreira de Xangô, o grito do caboclo, o cachimbo do Preto-Velho, a presença do Cristo. São Jorge, Santa Bárbara, Santo Expedito e Padre Cícero nos ensinam que há  muito mais que sincretismo entre culturas, há sim o encontro, a presença, o olhar.

Êxtase Religioso, Transe Mediúnico, Estado Alterado de Consciência são palavras para descrever o indescritível, o momento em que passamos do ser ao "não-ser", do vazio à plenitude, de Exu à Oxalá, do EU ao NÓS, ao ponto de não saber mais se eu sou EU, nós ou Ele. Louco é pouco, já diziam os mestres que a sanidade do mundo é loucura para o sagrado e que o Sagrado é a loucura de Deus. Ser médium é muitas vezes andar de olhos fechados num precipício em que a única corda que temos é nossa fé esticada de um lado ao outro entre a terra e o céu, ou melhor, a Aruanda.

E se não bastasse tudo isso ainda nos traz uma proposta de maturidade religiosa, não pede conversão, não tem tabus nem dogmas, aceita cada um de nós sem julgamentos, jovem que é respeita os mais velhos, se diverte com as crianças e liberta das amarras sociais, emocionais e psicológicas, nas quais a razão quase sempre prepara armadilhas.

Ajoelhada ao lado do preto-velho mata nosso ego, junto do caboclo nos desafia a rasgar o peito e mostrar onde está nosso coração, pelo exemplo pede que todos nós estejamos abertos a reaprender o que é bom com a criança.

A Umbanda reza, ora e faz prece aos Santos, Orixás, Anjos, Arcanjos e Guias, sem exclusividade nenhuma. Também não reconhece sectarismos ou proselitismos com relação às divindades que assim como o sol, nasce para todos. Espíritos de origens e culturas diversas se unem e integram numa mesma direção, numa mesma BANDA, nesta que quer ser UM com o outro.

E quem vai explicar tudo isso? Como entender e dar sentido para algo tão exuberante, quase exótico; colcha de retalhos ou fina tapeçaria? E da esquerda nos parece vir uma voz firme a responder que somos guardiões destes mistérios, não cabe a nós entendê-los todos e sim, respeitar, bater cabeça e silenciar.

Como compreender a Umbanda? Comece procurando compreender a si mesmo e quem sabe um dia ao encontrar respostas para suas questões mais profundas e existenciais encontra também algumas respostas sobre Umbanda.

(Texto de Alexandre Cumino)

28 outubro, 2011

Vamos levar as plantas para dentro de casa!

Sempre falamos da importância dos banhos de ervas e das defumações, sempre falamos da importância do contato com a natureza, no entanto poucas vezes falamos ou pensamos em levá-las para dentro de nossas casas onde agem de forma expressiva filtrando as energias, potencializando as boas vibrações, encantando o ambiente, envolvendo as pessoas e adoçando nossas emoções.

É isso mesmo, manter um vaso de erva, flor ou qualquer outra planta dentro de casa ou ao redor de nós só nos beneficia e nos envolve com uma energia viva ímpar. Portanto, seguem algumas dicas de Máximo Ghirello, fitoterapeuta e consultor de Feng Shui da Escola da Bússola, para que nos inspiremos neste contato com as plantas.

Vale a pena ressaltar dois pontos: primeiro, se as plantas, flores ou ervas estão colocadas em vasos com água deve-se trocar essa água pelo menos dia sim dia não, afinal a água pode ficar concentrada de energias saturadas e, como a água é naturalmente condutora, pode conduzir essa energia saturada para todo o ambiente. Segundo ponto é a importância do vaso de barro, já que, como terra, ele transmuta qualquer energia, sendo assim sempre o mais indicado, principalmente quando o vaso fica dentro de casa ou para plantas consideradas de limpeza.

- Espiritualidade: erva-doce, camomila, melissa e coentro devem ser cultivados nessa área, que favorece o autoconhecimento e as descobertas espirituais. Associado à direção nordeste, é regido pelo elemento terra, que atua sobre estômago, baço e pâncreas, que em desequilíbrio podem causar preocupação excessiva e idéias fixas.

- Família e Saúde: dente-de-leão, boldo, carqueja e artemísia entram na área da família, que trata da união familiar e da saúde dos moradores. A direção é leste e o elemento madeira, relacionado ao fígado, que tem forte influência nos estados emocionais. Quando em desequilíbrio, provoca mau humor, irritação e raiva constantes.

- Trabalho: cavalinha, salsa, babosa e capuchinha fortalecem a área que diz respeito ao bom fluxo da rotina e da carreira. A direção norte é associada ao elemento água e aos órgãos que controlam os líquidos no organismo, isto é, rins e bexiga. Em desequilíbrio, podem afetar as emoções, causando medo e indecisão.

- Prosperidade: para ativar a abundância material e espiritual, cultive várias espécies de manjericão na direção sudeste. Essa planta simboliza a fartura, pois cresce rápida e ereta. O elemento madeira rege essa área e o fígado, do qual dependem nossa disposição e nosso bom humor.

- Sucesso: sálvia, passiflora, hamamélis e malva são as ervas relacionadas a essa área e à direção sul. Essas plantas equilibram verborragia, excesso de pensamentos e depressão, comportamentos relacionados ao elemento fogo. A área do Sucesso, que diz respeito a todas as nossas realizações, está ligada ao coração e ao intestino delgado, e essas ervas ajudam a manter a circulação e a digestão bem equilibradas.

- Relacionamentos: capim-limão, louro, erva-doce e alfazema são as ervas mais adequadas à direção sudoeste e à área que trata das relações afetivas. Os órgãos correspondentes são estômago e pâncreas, associados ao elemento terra e ao excesso de preocupações. Evite deixar nessa direção plantas com espinhos, pontas ou com acúmulo de folhas secas.

- Criatividade: alecrim, manjericão cravo, guaco, hortelã e menta correspondem á direção oeste. O elemento metal, que está ligado a essa área da fertilidade física e mental, é associado ao pulmão e ao intestino grosso. As ervas indicadas atuam contra tristeza, gripes e problemas respiratórios, além de aliviar cólicas e má digestão. Também abrem caminhos para as mudanças.

- Amigos: orégano, manjerona, tomilho e segurelha, são as ervas medicinais da direção noroeste, que ativam o bom relacionamento com amigos, auxiliares e também viagens. Regida pelo elemento metal, essa área atua nos problemas do pulmão e alivia a mágoa e a depressão. A segurelha é indicada para bronquite e problemas respiratórios. Tomilho para gripes, tosses e resfriados e orégano para má digestão e falta de apetite.

E aproveitando o tema vejam algumas plantas indicadas pela NASA para purificar o ar. Em pesquisas algumas plantas se mostraram capazes de retirar o ar, além do CO2, outras substâncias prejudiciais à saúde, como o benzano, o tricloroetileno e o formaldeído. Essas plantas são:

- Filodendro (philodendron scandens): Uma das plantas de sala mais comuns e também a melhor para filtrar as toxinas dos espaços fechados. Conhecida como hera de sala, o filodendro com folha em forma de coração tolera diversas condições. Cuidados: Mantenha-o num vaso com terra normal ligeiramente úmida. Deve ser colocado em zona iluminada, protegida da luz direta do Sol, com temperaturas quentes e umidade reduzida.

- Pau-d'água (dracaena fragrans): Também conhecida como planta do milho, esta planta da família das Agavaceae cresce lentamente e é caracterizada por faixas amarelas no centro das folhas. Ao longo do ano, pode dar frutos e flores discretos. Cuidados: Mantenha-a em temperaturas moderadas a quentes e afastada da luz solar direta. A dracaena fragrans deve ser plantada em terra normal e regada muitas vezes para que esteja sempre molhada ou úmida.

- Hera (hedera helix): Também conhecida como hera das Canárias, tem folhas escuras e enervadas. Embora sem flor, as videiras trepadeiras da hedera helix podem ajustar-se para formar topiarias ou caírem em cascata por cima de potes. Muito eficaz na filtragem do ar de espaços fechados, mas também muito susceptível a pesticidas. Sobrevive melhor ao ar livre. Cuidados: a hedera helix necessita de ar fresco e da brilhante luz solar. Também deve ser mantida em temperaturas frescas para moderadas, em terra úmida, no vaso ou no jardim.

- Paulistinha (chlorophytum comosum): Natural da África do Sul, os clorofitos propagam-se com muita facilidade e são provavelmente melhor conhecidas pelas plantas pequenas que caem da planta maior. Cuidados: Os clorofitos estão bem em casa ou ao ar livre desde que sejam mantidos num ambiente fresco e com acesso a luz solar direta. Cresce melhor em terra normal que se possa manter úmida.

- Lírio-da-paz (spathiphyllum maunaloa): O lírio de paz é distinguido pela sua flor branca, de forma oval, que rodeia um cacho branco. As folhas verdes escuras podem ter mais de 30 cm de comprimento, e a altura total situa-se entre os 30 cm e 1,2 metros. Cuidados: Os lírios da paz crescem melhor sob luz indireta e entre temperaturas moderadas a quentes. Terra úmida, mas não em demasia. Permitir que a água em excesso seja drenada do solo umedecido.

- Fícus-benjamim (ficus benjamina): Árvore muito popular que liberta o ar de espaços fechados de toxinas naturais. Embora possa chegar a 15 metros de largura e 30 de altura, é adequada para o interior de casa e dura muitos anos. Cuidados: Deve ser mantida úmida, mas não em demasia. Cresce melhor em terra normal e em pleno sol.

- Palmeira-bambu (chamaedorea seifrizii): Cultivada como planta isolada, formando maciços ou renques, de preferência a meia-sombra, em canteiro enriquecidos com matéria orgânica, mantidos umedecidos. Apropriada para cultivo em vasos, principalmente na fase juvenil. Sensível ao frio.

- Espada-de-são-jorge (sansevieria trifasciata): Herbácea de resistência extrema, excelente para jardins de baixa manutenção. No entanto seu crescimento é um pouco lento. Suas folhas são muito ornamentais e podem se apresentar de coloração verde acinzentada e variegadas, com margens de coloração branco-amareladas, todas com estriações de uma tonalidade mais escura. As flores brancas não têm importância ornamental. É uma planta de utilização bastante tradicional e a cultura popular recomenda como excelente protetor espiritual.

Agora é só pôr a mão na terra e aproveitar!!!

(Texto de Mãe Mônica Caraccio)




27 outubro, 2011

Semeando...

O caminho sobre pedras é áspero. Assim como as almas que se deixaram secar pela desesperança e amargura.

As pedras do caminho nos levam à atenção e à concentração do pensamento, para evitar que os nossos pés sejam, de novo, feridos no atrito. Assim como as almas que aprendem a persistir no Bem, tendo-o como um compromisso consigo mesmas e ainda que não sejam compreendidas e correspondidas.

Caminhar no Bem nem sempre evita as pedras do caminho. Porque muitos trilham o mesmo caminho, com diferentes visões e objetivos.

Visões e objetivos representam escolhas. E cada um de nós é livre para escolher.

Escolher implica em assumir consequências. E as consequências chegam sempre àqueles que precisam ser atingidos, pois a Vida não erra o alvo.

Somos arqueiro e alvo. Lançamos a flecha da nossa vontade, e as energias da meta que traçamos sempre nos encontrarão de volta.

Essa volta pode tecer um saco cheio de pedras. Semelhante ao peso das almas que colecionam tristezas, derrotas, traições e desânimo.

Mas a volta pode ser também o começo de alguma construção, com as muitas pedras encontradas no caminho. Semelhante à sabedoria das almas que, testadas pela maldade e pela ingratidão, cercam-se da plena convicção no Bem e perseveram.

A perseverança no Bem é resultado da compreensão do nosso primeiro e maior compromisso: não estamos aqui para consertar o mundo e nem a ninguém. Tudo o que pensarmos e fizermos no Bem e pelo Bem refletirá em nós mesmos, em nosso crescimento.

Ao firmar a convicção de crescer, ampliamos os nossos horizontes e ao mesmo tempo nos transformamos em irradiadores do Bem.

Irradiando o Bem, a flecha da nossa vontade voltará  para nós ainda mais carregada pelo Bem.

Carregando-nos das energias do Bem, estaremos criando à nossa volta um halo de proteção contra "a maldade dos maldosos". O Bem é a Luz Divina dissipando todas as sombras.

Envolvidos pelo halo do Bem, não precisaremos de espadas, lanças e de nenhuma arma de guerra.

Depondo as armas, seremos totalmente abraçados pelo Bem Maior, que é Deus.

Nos Braços de Deus, compreenderemos que somos todos Seus filhos, não importando o tamanho da nossa compreensão das coisas. Cada um vive e se alimenta das energias que gera no coração.

Iluminados por essa compreensão, teremos a certeza de que amar vale a pena, que viver vale a pena, que persistir nesses ideais vale a pena.

A terra recebe todas as sementes; e as devolve em frutos e flores, para o bom semeador, que não descuidou de adubar e regar sua plantação.

Não importa o que aconteça "no canteiro dos outros". Só podemos ajudá-los com o bom exemplo. E não podemos descuidar do que nos cabe fazer, com a desculpa de que "os outros" não estão fazendo a parte que lhes cabe.

Existe muita terra. Há terra para todos. Um semeador não tem o poder de interferir no trabalho do outro: a Lei e a Justiça Divinas não o permitem.

Tenhamos atenção na direção e no ímpeto com que lançamos a flecha da nossa vontade, é o que nos cabe. Porque, de forma inexorável, aquela flecha voltará para nós, pela atuação da Lei e do Tempo: "a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória".

(Por Zé Pelintra)

26 outubro, 2011

Os 10 Mandamentos do Otimismo...

01 - Hoje é o dia mais importante da sua vida. Não o sobrecarregue com lembranças dolorosas do ontem, nem com temores covardes do amanhã. Viva o dia de hoje com entusiasmo e harmonia.

02 - Construa você mesmo sua Vida. Não permita que opiniões e erros alheios o conduzam ao fracasso.

03 - Irradie amor, carinho e simpatia. Não guarde seus tesouros espirituais, pois, quanto mais alegria e amor espalhares, mais feliz será.

04 - Não espere pelos outros. Tua grande fonte de energia está em ti mesmo, se souberes utilizá-la verás quanto já és próspero e forte.

05 - Seja pontual, sincero e exigente consigo mesmo. Quem não se disciplina desperdiça tesouros de energia física e mental, acabando por destruir-se, lembre-se que o tempo deve ser usado com sabedoria.

06 - Cuide de teu corpo e tua mente, conservando ambos sadios. Como os males de um se refletirão no outro, os dois merecem, por igual, ter cuidado. Alimente sua mente com pensamentos positivos e saudáveis para que seja refletido em seu corpo.

07 - Tenha paciência. Jamais duvide da vida e de que a vitória pertence aos que sabem esperar o momento certo de agir. Não tenha pressa, tudo tem seu tempo.

08 - Fuja da extravagância e do desperdício. Os dois são próprios do desequilíbrio. A vida é um bem inestimável.

09 - Faça diariamente uma avaliação de tua vida. Veja o que realmente deve dar importância, se não estás desperdiçando seu tempo com coisas inúteis como preconceitos e ressentimentos, pois tudo gira em torno da paz e harmonia.

10 - Ao tomar uma decisão consistente e livre, jamais te afaste dela. Seja seguro em suas decisões. Saber querer é a base para vencer. Com otimismo tudo se resolve.

(Autor Desconhecido)

25 outubro, 2011

Um Deus que sorri...

Eu acredito em Deus!

Mas não sei se o Deus em que eu acredito, é o mesmo Deus em que acredita o balconista, a professora, o porteiro, o bispo ou pastor...
O Deus em que acredito não foi globalizado.
O Deus com quem converso não é uma pessoa, não é pai de ninguém.
É uma idéia, uma energia, uma eminência.
Não tem rosto, portanto não tem barba.
Não caminha, portanto não carrega um cajado.
Não está cansado, portanto não está sempre no trono.
O Deus que me acompanha vai muito além do que me mostra a Bíblia.
Jamais se deixaria resumir por dez mandamentos, algumas parábolas e um pensamento que não se renova.
O meu Deus é tão superior quanto o Deus dos outros, mas sua superioridade está na compreensão das diferenças, na aceitação das fraquezas e no estímulo à felicidade.
O Deus em que acredito me ensina a guerrear conforme as armas que tenho e detecta em mim a honestidade dos atos.
Não distribui culpas a granel: as minhas são umas, as do vizinho são outras. Nossa penitência é a reflexão.
Para o Deus em que acredito, só vale o que se está sentindo.
O Deus em que acredito não condena o prazer.
O Deus em que acredito não me abandona, mas me exige mais do que flexão de joelhos e uma doação aos pobres; cobra caro pelos meus erros e não aceita promessas performáticas, como carregar uma cruz gigante nos ombros.
A cruz pesa onde tem que pesar: dentro.
É onde tudo acontece e este é o Deus que me acompanha:
Um Deus simples. Deus que é Deus não precisa ser difícil e distante, sabe tudo e vê tudo. Meu Deus é discreto e otimista.
Não se esconde, ao contrário, aparece principalmente nas horas boas para incentivar, para me fazer sentir o quanto vale um pequeno momento grandioso: de um abraço numa amizade, uma música na hora certa, um silêncio.
O Deus que eu acredito também não inventou o pecado, ou a segregação de credo.
E como ele me deu o Livre-Arbítrio, sou eu apenas que respondo e responderei pelos meus atos.

(Texto de Rubem Alves)

24 outubro, 2011

Feliz Aniversário para nossa Amiga...

Gostaríamos de escrever uma mensagem bem legal, mas bem legal mesmo! Diferente de tudo que existe.

Uma mensagem sem rasuras ou uma única gota de tristeza molhando suas letras.

Que ao lê-la seu coração pulsasse mais rápido, teus olhos brilhassem mais e seus lábios pudessem sorrir, comovidos.

Uma mensagem simples, mas espontânea, que te deixasse um pouco mais feliz e realizada!

Queríamos encher o seu "e-mail" de flores, de estrelas, de sorrisos, ao nível de teu merecimento.

Queríamos pôr dentro do seu "e-mail" todos os corações que te amam incondicionalmente.

É muita pretensão, mas queríamos isto tudo, porque gostamos muito de você.

Que esta felicidade que desejamos hoje te acompanhe sempre, para todo o sempre.

Que bom que você existe.

É como é bom sermos seus amigos.

Queremos que Deus subscreva, Sorrindo, tudo o que acabamos de escrever...!!!

Que a Paz de Deus sempre te ilumine.

Feliz Aniversário, querida Amiga Francine!!!

Do fundo de nossos corações, Te Amamos!


Leco e Pink

23 outubro, 2011

Pense Nisso...

De acordo com um mito, se você colocar um sapo numa panela de água fervendo ele pula fora e salva a própria vida. Mas, se você colocar o sapo numa panela de água fria e for esquentando a água aos poucos, ele não percebe a mudança da temperatura e morre cozido.

Mas por que o sapo não pula quando a água começa a ficar quente? Será que ele não sente que a água esquentou?

Vamos tomar a personalidade dele enquanto a água está esquentando, e verificar o que se passa na cabeça do sapo:

28 graus - "Hummm... que água gostosa..."
32 graus - "É... a água está boazinha..."
36 graus - "Esta água está ficando sem graça, será que está esquentando? Bobagem! Por que a água iria esquentar? Deve ser impressão minha."
38 graus - "Estou ficando com calor... Que droga de água! Ela nunca foi quente, por que está esquentando?"
39 graus - "Essa água é uma porcaria! Melhor nadar um pouco em círculos até a água esfriar de novo."
40 graus - "Esta água é muito quente, hummm que ruim! Vou voltar lá para aquele lado que estava mais fresco ou será que é melhor esperar um pouco?"
42 graus - "Realmente, esta água está péssima, quente de verdade, tenho que falar com o supervisor das águas. Claro, eu podia pular fora, mas onde será que vou cair? Melhor esperar só mais um pouquinho."
43 graus - "Meu Deus! Será que eu tenho que fazer tudo por aqui? Já reclamei e ninguém toma uma atitude?"
44 graus - "Mas este supervisor de águas não faz nada? Será que ninguém nota que a água está super quente? Vou esperar mais um pouco..."
45 graus - "Se ninguém fizer nada eu vou fazer um escândalo... Aiiii que calor!"
46 graus - "Eu devia ter pulado fora quando eu tive oportunidade, agora é tarde. Estou sem forças."
48 graus - "Sapo Morto!"

O pensamento do sapo ilustra o processo de mudança no ambiente e como as pessoas reagem. No mundo de hoje em que as mudanças de "temperatura" são tão corriqueiras, quem pensa como o sapo, perde as oportunidades de mudar e crescer.

Que tal parar de reclamar, de tentar mudar o outro e saltar?

Pule para uma atitude mais sadia de rever suas próprias atitudes e mudar você!

Pense a que nível está a temperatura da sua água?
Não faça como o sapo que ficou dando voltas dentro da mesma panela!


(Autoria desconhecida)

22 outubro, 2011

Cuidar de Si mesmo...

Crescemos atuando na vida profissional, no dia a dia, em corpo físico, em informações, até mesmo vivendo intensamente, sempre com olhar voltado para o mundo exterior.

Este mundo, que no início, quando éramos crianças, nos enchia de alegrias, de vontade de descobrí-lo, de tentarmos sempre testar as nossas asas voando a cada dia a um novo espaço.

Nós caíamos, nos machucávamos e nem nos apercebemos, pois já rindo íamos em busca da liberdade de auto-descoberta e desenvolvimento.

Mas nossos familiares, experientes e já machucados pela vida, que já perderam a conexão com sua espontaneidade, crendo que estão realizando seu melhor em amor, na ânsia de nos proteger das pedras do mundo, nos alertam dos perigos, dos cuidados, nos limitam, tirando-nos aos poucos da percepção do bem, e introduzindo na crença do mal, gerando uma tensão interna entre o bem, o deus em nós que deseja se manifestar plenamente, e a fragilidade do corpo físico e a pressão que o mundo exerce sobre nós.

E passamos a nos sentir oprimidos, o peito apertado e dolorido, e nossa alma já não tem mais como se aconchegar em nós.

Aí vamos caminhando pelo vazio de nossa alma, cada vez mais ouvindo e sendo oprimidos pelo mundo, pelas suas crenças de bem e mal, certo e errado, gerando a sensação de culpa, de impotência, inadequação, de pecadores.

E perdemos de vez a nossa conexão com nossa essência, com nossa luz interior, esquecemos que somos deuses, Filho do criador, e herdeiros das suas bênçãos.

Sabemos, ao estudarmos a espiritualidade, que precisamos encontrar a luz, não física, mas a lucidez oriunda do Nosso Espírito - a iluminação.

Mas como fazê-lo se nem mais lembramos que somos um espírito que está se manifestando na matéria. Achamos que somos um corpo que busca seu espírito fora, lá de cima, lá no céu...

É esta a nossa busca na vida, e apenas ela que nos trará integridade, através do raciocínio absorvemos o conhecimento, e com o equilíbrio de nossas emoções, onde compreendemos que o Ego é um veículo gestor na manifestação, fundamental a performance no aprendizado, mas se a mente estiver em descontrole, nós nos perdemos em dramas, se nossas emoções estiverem em desequilíbrio, o mental entra em alucinações, gerando a perca do foco do porque estamos manifestados.

No passado, no planeta, na época da Lemuria, Atlântida, desenvolvemos a plenitude de capacidade mental, mas estávamos com as emoções como que congeladas, e esta civilização encontrou seu fim. Na atual civilização vivemos a nossa relação com as emoções, sentimentos, e aprendendo a como lidar e entendê-los. Apenas quando eles se equilibrarem, aliados com a lucidez intelectual, poderemos evoluir para o próximo passo.

Começamos este século a entender que a ciência dá o poder sobre a matéria, age sobre os elementos, o que é físico, mas ainda nos falta entender a essência que regem os mesmos, e ao planeta.

A física quântica começa a perceber, que a matéria, assim como nós, tem um princípio ativo, um espírito, diferente do nosso, mas ainda assim um princípio gestor, que foi criado pela força primordial, e que se manifesta.

Apenas quando o poder mental se tornar lucidez, sabedoria, que passam antes pela compaixão, o amor divino, o que dá o ânimo ao corpo através de nossa centelha, poderemos nos curar e iluminar.

Enquanto não nos reconectarmos com nossa própria essência, estaremos apenas manifestando facetas, pequenas partes, que por estarem desconectadas, soltas, estamos sem o sentido da vida plena, e estamos em desequilíbrio.

A única cura é a auto-cura, pela compaixão, manifesta pela nossa essência, o deus que se manifesta em nós e através de nós...

A cura está na conexão com nosso espírito e o encontro de nossa integridade... tanto em luz como em sombra, unindo ambas em equilíbrio para transcendê-las...


(Texto recebido espiritualmente em 07/11/2010 - Ingrid - Casa do Consolador)

21 outubro, 2011

O Umbandista Verdadeiro e o Umbandista de Fim de Semana...

Dentro dos milhões de terreiros espalhados por esse país e pelo mundo, podemos encontrar casas cheias de "médiuns", todos, ou quase todos, presentes no dia de sessão, a fim de cumprir, por mais uma vez sua missão.

Entretanto, podemos identificar facilmente dois grandes grupos de Umbandistas: O Umbandista Verdadeiro e o Umbandista de fim de semana. Apesar de ser impossível verificar apenas na aparência em qual grupo determinado médium se encontra, as atitudes, os pensamentos, a preparação do adepto deixa claro sua classificação. Essa classificação deve ser feita intimamente por cada um que se diz "Umbandista", colocando em uma balança seus atos.

Mas, genericamente, podemos definí-los dessa forma:

O Umbandista Verdadeiro, não deixa de ser umbandista quando os atabaques do terreiro silenciam. Ele continua vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora que se deve por em prática todos os ensinamentos dados pelos guias na sessão.

O Umbandista de Fim de Semana, além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser umbandista com o término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina habitual. Quando indagado sobre sua religião, tem vergonha, esconde, mente ser de outra, e não faz questão nenhuma de por em prática aquilo que aprendeu.

O Umbandista Verdadeiro, é aquele que se orgulha de sua religião, não teme assumí-la publicamente, ou ajudar aquele que precisa. É aquele médium interessado, que sempre busca aprender mais, questionar mais, buscando compreender melhor como funciona sua religião e a espiritualidade.

O Umbandista Verdadeiro, tem amor à sua casa religiosa, pois entende que é nesse solo sagrado que seus Orixás e seus guias se manifestam, além de ser uma escola onde desenvolve sua mediunidade e aperfeiçoa sua moral. Busca auxiliá-la em tudo que precisa, tem zelo, tem capricho.

O Umbandista de Fim de Semana, lembra-se de seu terreiro apenas nos dias de sessões, e não se preocupa se tudo está em ordem, ou se a casa encontra-se em bom estado, pois, apenas quer "ficar" aquelas horas ali e ir embora.

O Umbandista Verdadeiro, conta os dias para que chegue a próxima sessão. Programa sua vida incluindo os dias de trabalho, para que nenhum evento ocorra nesse dia, pois, trata-se de um dia sagrado. E quando chega o dia, o Umbandista verdadeiro desde o momento em que acorda, já está em sintonia com o astral superior, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e fumo e fazendo seu banho de descarga, pois sabe que os irmãos espirituais já estão agindo em seu templo e em sua matéria. Precisa estar bem, para socorrer aqueles que lá estarão precisando de auxílio.

O Umbandista de Fim de Semana, quando nota que naquele fim de semana terá sessão, já faz cara feia e pensa "não acredito, isso de novo! Nem deu para descansar". Qualquer motivo é motivo para não ir ao terreiro. Se o tempo está frio, chuvoso ou muito quente, não vai. Se "não está afim" arruma qualquer desculpa e não vai. Se espirrar, se pegar uma gripe ou resfriado leve, também não vai. E esquece-se, que muitos irmãos doentes procuram nossas casas em busca de alívio para seus males. Qual seria a lógica de um filho de fé não ir, se seria essa a oportunidade de encontrar sua cura? O Umbandista de fim de semana no dia de sessão age como se fosse mais um dia comum. Cultiva vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu desenvolvimento.

O Umbandista Verdadeiro, realmente acredita naquilo que professa. Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e tudo que faz, faz com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma forma, auxiliá-lo, mesmo não sendo da maneira que ele esperava. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente somos lapidados.

O Umbandista de fim de semana, duvida do que professa. Não tem certeza das manifestações. É aquele que acredita que sendo Umbandista, nunca mais terá problema de saúde, que nunca mais terá problemas financeiros. Quando tais problemas aparecem, revolta-se e mais uma vez põe em dúvida sua religião. É aquele que acredita serem as entidades verdadeiros "gênios da lâmpada", que tudo que ele pedir e quiser, elas terão que dar. Acredita que não haverá mais contratempo e que não passará por provações, pois as "entidades não vão deixar ele sofrer".

E você meu irmão de fé? Em qual grupo Umbandista está?

Se está na dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continua buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cumprindo sua missão.

Mas, se você está no grupo dos Umbandistas de fim de semana, é sinal que algo em sua vida está errado. Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá chegar, desde que façam sua "reforma íntima", mudando a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas, buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso espiritual.

Ainda há tempo! Avante filhos de fé!


(Autor Desconhecido)

20 outubro, 2011

Realiza o teu Trabalho...

Realiza o teu trabalho.
Não desconsideres a crítica que te aperfeiçoa o esforço, mas não consintas que ela te paralise a ação.
Não cogites de grandes feitos.
Simplesmente, cumpre, da melhor maneira possível, o dever que te cabe.
Em hipótese alguma, aspires a qualquer promoção pessoal às custas da tarefa sob a tua responsabilidade.
Não permaneças na expectativa do reconhecimento alheio e nem esperes contar com o apoio de muitos companheiros, na obra do bem que executas.
Faze a tua parte, consciente de que, após teres feito o que podias, ainda te ficou faltando fazer o que devias.
A tua tarefa, pequenina embora, é a tua maior bênção.
É por ela que, passo a passo, palmilhas a senda que te conduz aos Páramos Superiores.
Haja o que houver, pois, não te arredes do teu posto de serviço espiritual.
Ele é o teu ponto de referência para que o Socorro Divino te encontre o endereço nas horas angustiantes de aflição.
Tudo quanto se realiza com amor transcende a definição das palavras e é grande demais, para que se lhe possa aquilatar o valor.


(De "Dias Melhores", de Carlos A. Baccelli, pelo espírito Irmão José)

19 outubro, 2011

Sintonia e Vibração...

Imaginemos alguém que, com um perfume muito forte, permanece determinado tempo em ambiente fechado. A fragrância do seu perfume irá se espalhar pelo ambiente, que ficará impregnado, durante algum tempo, com o odor característico. Da mesma forma, o resultado do que pensamos e sentimos, fica indelevelmente plasmado naqueles ambientes que mais costumamos frequentar.

Assim, os nossos lares, os ambientes de trabalho, os locais onde se realizam cultos religiosos e de outros tipos, ficam com suas atmosferas marcadas pelas formas-sentimento e formas-pensamento que comumente ali são expressadas. Quem penetrar em um desses ambientes, inconscientemente ou não, se sentirá inclinado a sintonizar-se psiquicamente com as vibrações ali caracterizadas, sejam agradáveis ou desagradáveis.

Por outro lado, se alguém com um perfume muito forte nos abraça, inevitavelmente herdaremos o odor que dessa pessoa é emanado, seja ele  prazeiroso ou não. Da mesma forma que o perfume alheio nos invade a atmosfera pessoal, as vibrações espirituais de quem nos abraça também nos invadem a organização íntima, nem que essa troca energética se processe - e também se conclua - em poucos segundos, tempo necessário para que as defesas energéticas da aura administrem a invasão energética. Em resumo, estamos sempre marcando, com a "nossa fragrância espiritual", as pessoas e os ambientes com os quais convivemos e, ao mesmo tempo, recebendo a suas influências. Quando e se, as nossas defesas espirituais estiverem em boa forma, assimilaremos apenas o que nos for positivo e rechaçaremos o que não for. Esse processo  é inconsciente, como também o é o da defesa orgânica que os anticorpos promovem em nosso corpo, sempre que necessário. É tudo tão rápido que o cérebro físico-transitório não dá conta, apesar de ser ele que administra todo o processo, como também o faz, a nossa mente espiritual, quando o caso se relaciona com as vibrações de terceiros que nos invadem o espírito.

É importante perceber que, uma simples troca de olhares, um aperto de mão, um abraço, uma relação sexual, por exemplo, são situações em que a troca energética acontece, independentemente de querermos ou não. Quando a nossa resultante de defesa vibratória é positiva - normalmente assim o é nas pessoas que tem bom ânimo, não se deixam entristecer pelos fatos, são disciplinados no campo da oração e/ou meditação etc. - pouco nos invade a energia alheia, se isto for nos servir de transtorno ao nosso equilíbrio energético. Ao contrário, se estivermos em baixa condição de defesa energética, tal qual um prato de alimento estragado que inapelavelmente irá causar "estragos" no nosso organismo, a energia deletéria alheia nos desarmonizará durante pouco ou muito tempo, conforme for a nossa capacidade psíquica-espiritual em restabelecer o equilíbrio que nos caracteriza, seja ele de que nível for.

As crianças pequenas que sequer andam, normalmente tem energia passiva, e sofrem um bocado quando ficam "passando de braço em braço", recebendo verdadeiras descargas energéticas que normalmente lhes causam desequilíbrios de toda ordem. Se os pais terrenos disso soubessem, outras seriam as suas posturas em relação a permitirem que seus filhos andem de "braço em braço".

Portanto, estamos a todo momento, trocando energia com as pessoas e com os ambientes que nos rodeiam. O equilíbrio - leia-se, saúde espiritual - de cada um, é o único antídoto a impedir que as vibrações negativas, alheias à nossa organização espiritual, penetrem no nosso íntimo. Saber conviver sem sintonizar com a energia de terceiros é postura que somente os mestres de si mesmos conseguem plasmar na difícil coexistência com os demais. Ao contrário, se a toda hora temos a sensibilidade pessoal invadida por problemas e influências de outras pessoas e/ou situações, ficamos sempre à mercê dos "outros nos deixarem" ficar em paz. Assim, a nossa paz íntima dependerá dos outros, jamais de nós próprios; o nosso controle será sempre refém do descontrole alheio; a nossa fragrância espiritual estará sempre mesclada com a dos outros; enfim, dificilmente conseguiremos ser donos de nossa própria vida.

Se pretendemos ser os arquitetos e atores da nossa própria caminhada evolutiva é mister que cuidemos do nosso equilíbrio espiritual, escolhendo quando e como sintonizar com as vibrações alheias, seja em uma conversa, em um convívio mais íntimo, numa palestra, enfim, numa simples leitura, como é o caso que ora ocorre, pois, até o que lemos pode nos ser motivo de enriquecimento ou de desarmonia interior, já que é vibração que nos penetra a alma.

Lembremo-nos de que: a soberania espiritual passa necessariamente pelo controle das emoções; a saúde do nosso corpo dependerá da qualidade do que nos alimentamos; o equilíbrio do nosso espírito depende e, em muito, do que nos permitimos sintonizar, através dos sentidos.

Afinal, se a massa e energia são aspectos de um mesmo padrão existencial, sintonia e vibração formam o elo entre toda a massa e energia que existe, independente das formas transitórias que venham a assumir.

Melhoremos a nossa vibração pessoal e eduquemos os nossos padrões de sintonia. Isto feito, estaremos despertando no nosso íntimo, a grande herança que recebemos do Pai Celestial.

Jan Val Ellam
Livro: "Queda e Ascensão Espiritual" - Ed. Vialuz, ano 4, nº 16.

18 outubro, 2011

O Monge e o Escorpião...

Um monge e seus discípulos iam por uma estrada; quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
Imediatamente, o monge correu pela margem do rio, entrou na água e tomou o bichinho na mão.
Quando o trazia para fora, o escorpião o picou.
Devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi então que o monge pegou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, mais uma vez, colheu o escorpião e o salvou.
Satisfeito, o monge voltou à ponte e juntou-se a seus discípulos.
Eles, que haviam assistido à cena, o receberam perplexos e penalizados.
Um deles, então falou:
- Mestre, deve estar doendo muito! Mas, porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos. Veja como ele retribuiu à sua ajuda. Picou a mão que o salvava. Não merecia a sua compaixão!
O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu sereno:
- Ele agiu conforme a sua natureza e eu de acordo com a minha.


17 outubro, 2011

Erga-se...

Sabe aquele momento que a gente pensa que chegou no limite das próprias forças e que não vai mais conseguir avançar?
Quando não contemos as lágrimas (e nem devemos!) e tudo parece um grande vazio...
Esse momento que, não importa a nossa idade, pensamos que já é o fim... e um desânimo enorme toma conta da gente...
Esse momento, ao contrário do que parece, é justamente o ponto de partida!!!
Se chegamos a um estado em que não avançamos mais, é que devemos provavelmente tomar uma outra direção.
Quando chegamos a esse ponto de tal insatisfação é sinal de que alguma coisa deve ser feita. Não espere que os outros construam pra você, planeje e faça!
Você é responsável pelos próprios sonhos e pela realização destes.
Nas obras da vida não precisamos de arquitetos para planejar por nós.
Com um pouco de imaginação e em muito de boa vontade podemos reconstruir sozinhos a casa que vamos morar e o futuro que nos oferecemos.
É humano se sentir fragilizado às vezes e mesmo necessário para que tenhamos consciência que não somos infalíveis, não somos super-heróis, mas seria desumano parar por aí. E injusto. Para os outros, mas principalmente para consigo mesmo.
Recomeçar é a palavra!
Recomeçar cada vez, a cada queda, a cada fim de uma estrada! Insistir!
Se alguém te feriu, cure-se!
Se te derrubaram, levante-se!
Se te odeiam, ame!
Erga-se! Erga a cabeça!
Olhando para baixo só podemos ver os próprios pés. É preciso olhar pra frente.
Plante uma árvore, faça um gesto gentil, tenha uma atitude positiva.
É sempre possível fazer alguma coisa!
Não culpe os outros pelas próprias desilusões, pelos próprios fracassos.
Se somos nossos próprios donos para as nossas vitórias, por que não seríamos para as nossas derrotas?
Onde errou, não erre mais!
Onde caiu, não caia mais!
Se você já passou por determinado caminho, deve ter aprendido a evitar certas armadilhas.
Então, siga!
Não se esqueça de uma grande promessa feita na Bíblia:
"Esforça-te e eu te ajudarei".
Dê o primeiro passo... depois caminhe!!!
Tenho certeza que a felicidade não mora ao seu lado, nem à sua frente, ela está junto de você!
Descubra-se, faça-se feliz...!

(Autor Desconhecido)

16 outubro, 2011

Oração aos Anjos de Deus...

Anjos de Deus graças Vos dou!
Eu Vos ofereço o meu amor, assim como amo a Deus acima de tudo e ao meu próximo como a mim mesmo.
Eu Vos peço: redimi a humanidade. Mostrai a ela os caminhos do amor, do bem e da fraternidade.
Envolvei as crianças com as Vossas bênçãos de amor. Dai a elas a alegria, a paz e a abundância, preparando-lhes o corpo e a alma, para servir à bondade Divina.
Ofertai aos anciões a paz necessária para que os pensamentos destes se elevem a Deus e os seus corações possam sentir e transbordar amor, em resposta ao amor e ao amparo recebidos de seus filhos e da sociedade.
Colocai, junto a cada doente, as mãos abençoadas de um Anjo Curador, orientando aqueles que deles tratam e minorando os seus sofrimentos.
Agasalhai os que estão nus.
Transformai a fome do necessitado em conhecimento, para que ele possa obter o próprio sustento, repudiando a esmola e dedicando-se ao trabalho.
Dai aos governantes a sabedoria, a humildade construtiva, a consciência do servir e a iluminação Divina, da paz e da prosperidade.
Estabelecei a justiça do amor e da sabedoria, orientando todos os seus aplicadores no reconhecimento dos atos justos.
Acabai com a violência e a maldade.
Transformai em flores as armas, em trabalhadores honestos e produtivos, todos que se dedicam à criminalidade.
Conduz aqueles que vigiam para o cumprimento da lei, colocando-os no lugar certo, na hora certa, para evitarem a violência. Orientai-os a fim de que se recuperem, para a sociedade do amor e do bem, todos os condenados.
Ensinai-me a amar a natureza em sua plenitude: fauna e flora.
Fazei-me defensor dos meus irmãos menores, os animais, evitando o sacrifício dos mesmos.
Fazei crescer em meu coração o amor fraterno por todos os seres viventes, indistintamente.
Amparai-me em meus trabalhos e nos meus momentos de lazer.
Dai-me a saúde física e mental, para que eu possa sustentar e evoluir na orientação Divina de que necessito, para ser o mensageiro das luzes do amor e da sabedoria.
Enchei os meus ouvidos e o meu coração com as Vossas canções de harmonia, amor e alegria. Orientai-me em minhas orações, em meus rituais para Vossa invocação e na minha elevação a Deus.
Oferecei-me agora as bênçãos Divinas, de que sois portadores, do amor, da paz, da humildade, da simplicidade, da pureza e da retidão.
Unamo-nos, neste momento, Eu, ser humano, e Vós, Anjos Divinos, Dando Graças a Deus, Nosso Pai, Amém!

(De João Alberto Ianhez)

15 outubro, 2011

A Escola...

Uma caridade existe, mais extensa e menos visível, mais corajosa e menos exercida, que nos pede concurso decisivo para a melhoria substancial da paisagem humana. É a caridade daquele que ensina.

A Terra de todos os séculos sofre a flagelação de dois grandes males. Um deles é a miséria. O outro, e o maior, é a ignorância.

É a ignorância a magia negra de todos os infortúnios. Ao seu grosso tição de trevas, o rico esconde o ouro destinado à prosperidade, e o pobre se envenena com o desespero, eliminando as possibilidades resultantes do trabalho.

Pela ignorância, os homens se julgam senhores absolutos do latifúndio terrestre, que lhes não pertence, arruinando-se em guerras de extermínio; o bom se faz ameaçado pela crueldade esmagadora, o mau se torna pior; a evolução de alguns estaciona com o manifesto atraso de muitos, e a vida, que é sempre magnífico patrimônio de recursos para a sublimação, se vê assediada pela discórdia e pela ira, pela ociosidade e pela indigência.

Na rede da ignorância, o homem complica todos os problemas do seu destino, por ela contribui para as aflições alheias e com ela se arroja aos abismos da dor e se entrega às surpresas do tempo.

Por este motivo, se o orfanato ou o asilo são casas abençoadas do agasalho e do pão, a escola será, em todos os seus graus, um templo da luz divina.

O pão mantém a carne perecedoura.
A luz santifica o espírito eterno.

Depois da morte, reconhecemos que todas as atividades do homem, por mais nobres, terão sido em vão, ou, mesma cinza niveladora se o objetivo de aperfeiçoamento espiritual não foi procurado. Pela conquista do ouro, quase sempre acordamos velhos monstros do egoísmo que jazem adormecidos dentro da alma.

Pela ascensão ao poder político, não raro, a massa enlouquece no delírio da vaidade.

Pelo abuso nos prazeres físicos, frequentemente o homem se equipara ao bruto.

Sem a escola, somente liberamos os instintos inferiores da personalidade ou da multidão, quando pretendemos libertar-lhes a consciência.

Educando e educando-se, o espírito penetra a essência da vida, compreende a lei do uso e elege o equilíbrio por norma de suas menores manifestações.

Grande é a tarefa do pão, que gera o reconhecimento e a simpatia; entretanto, muito maior é o ministério do abecedário, que opera o divino milagre da luz, estabelecendo a comunhão magnética entre a inteligência do aprendiz de hoje e a mente do instrutor que viveu há milênios.

Cultura e, sobretudo, esclarecimento, são armas pacíficas contra a discórdia.

Abramos escolas e o canhão se recolherá ao museu.

Se cada criatura que sabe ler alfabetizasse uma só das outras que desconhecem a sublime função do livro, a regeneração do mundo concretizar-se-ia em breve tempo.

Jesus desempenhou o mais alto apostolado da Terra sem uma cátedra de academia, mas não se projetou nos séculos sem as letras sagradas do Evangelho.

É preciso ler para saber pensar e compreender.

Por esta razão expressiva, o Cristo, que consolou almas aflitas e curou corpos doentes, que patrocinou a causa dos sofredores e construiu caminhos para a salvação das almas nos continentes infinitos da vida, não se afirmou como sendo restaurador ou médico, advogado ou engenheiro, mas aceitou o título de Mestre e nele se firmou, por universal consagração.

Fortaleçamos a escola, pois.

(Do livro "Falando à Terra", pelo Espírito Demétrio Nunes Ribeiro, psicografado por Francisco Cândido Xavier)

14 outubro, 2011

Muito Obrigado e Axé...

Digo sempre que nosso espírito, nossos sentidos e sentimentos falam e se manifestam de várias formas, seja por movimento corporal, por reações involuntárias do nosso organismo, por sonhos, entre outras maneiras. Mas a que mais me chama atenção e me surpreende é a manifestação que acontece quando nos pegamos, surpresos, cantando determinada música.

É fantástico perceber que muitas vezes a letra da música que está sendo cantarolada por nós, quase que inconscientemente, está dizendo algo do nosso espírito ou para o nosso espírito, está refletindo ou apaziguando nossos sentimentos ou aflorando nossos sentidos. Entendo esse momento como um "Grito d'Alma" interagindo com nossa vida que é, muitas vezes, tão sistemática e fria.

É muito legal perceber esses momentos, perceber esse canto do espírito e perceber que nosso espírito está agindo e reagindo intimamente e fervorosamente em nós, a favor de nós e através de nós.

Eu mesmo, muitas vezes, recebi respostas nesses momentos, compreendi meus sentimentos e me alimentei dos bons conselhos de uma bela música.

E hoje, sexta-feira, compartilho essa música que por algumas semanas alimentou meu espírito, ou melhor, manifestou o Grito da minha alma diante de tanta grandeza que é a Umbanda, todo seu Sagrado e todos seus fiéis umbandistas.

Frases como: "Isso é pra te levar no meu terreiro; Pra te levar no altar; Isso é pra levar na fé" foram e estão sendo minha inspiração diária diante de tudo que estava acontecendo e o que ainda está por vir.

Sei que parece estranho, mas como diz a música "Quem tem santo é que entende, quanto mais pra quem tem Ogum, Missão e Paz, quanto mais pra quem tem ideais e os Orixás".

É grandioso!

É viver e vivenciar, alimentar e se alimentar do Divino.

É acreditar na iluminação do "mirin orumilá".

É ser feliz, plenamente feliz.

Compartilhando, Realizando, Manifestando e Amando a Umbanda.

É parar de brigar, reclamar, lamentar, lutar...

É jogar as armas pra lá e fazer a festa!

É trazer a orquestra, os tambores e o Axé pra perto de nós...

É jogar as armas pra lá...

É acreditar!!!

Afinal, quem tem "Ogum, Missão e Paz" sabe que o sol vai aparecer, vai brilhar e brindar a nossa FÉ. Sabe que a água vai nos aquecer, que as lágrimas vão escorrer, que o corpo vai tremer, que o espírito vai renascer e que o Caboclo Vai Agradecer.

Clique no link e vejam que música maravilhosa:

Veja abaixo a letra:

Muito Obrigado e Axé (com Ivete Sangalo e Maria Bethânia - Composição: Carlinhos Brown)

Odô, axé odô, axé odô, axé odô
Odô, axé odô, axé odô, axé odô

Isso é pra te levar no ilê
Pra te lembrar do badauê
Pra te lembrar de lá

Isso é pra te levar no meu terreiro
Pra te levar no candomblé
Pra te levar no altar

Isso é pra te levar na fé
Deus é brasileiro
Muito obrigado axé

Ilumina o mirin orumilá
Na estrada que vem a cota
É um malê é um maleme
Quem tem santo é quem entende

Quanto mais pra quem tem Ogum
Missão e paz
Quanto mais pra quem tem ideais e os Orixás

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas prá lá
Joga as armas prá lá
Faz a festa

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas prá lá
Joga as armas prá lá
Faz um samba

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas prá lá
Joga as armas prá lá
Traz a orquestra

Joga as armas prá lá
Joga, joga as armas prá lá
Joga as armas pra lá
Faz a festa


Muito Axé e um final de semana muito especial a todos!


13 outubro, 2011

O que representa a Umbanda na vida das pessoas?

A Umbanda sempre me leva a grandes reflexões e a um turbilhão de sentimentos. Algumas indagações e sentidos sempre rondam meus pensamentos, assim como, acredito, o de muitas outras pessoas.

O que representa a Umbanda na vida das pessoas? Será que a Umbanda representa Desejos, Necessidades, Trocas ou O querer a qualquer custo? Será que representa somente incorporar ou "meu Guia sabe tudo"? Será que representa a consciência mediúnica caracterizando o médium como uma marionete? Ou, pior, um ser sem possibilidade, força e equilíbrio mental e espiritual para controlar seus impulsos, vícios e vaidades, além de não sustentar  a ação de uma Força Superior dominando suas ações?

E como será que a Umbanda está sendo praticada? Será que a Umbanda está sendo praticada somente no dia de gira? Aliás, abençoada a casa que hoje, depois de cem anos, abre seus trabalhos regularmente e semanalmente ensinando e doutrinando seus médiuns e consulentes, deixando de lado a preguiça e o estímulo aos milagres.

Será que, ainda hoje, a Lei da Selva é praticada na Umbanda? Será que ainda temos médiuns e pais-de-santo afirmando que um trabalho espiritual é um "Trabalho", portanto deve ser cobrado? Será que a política deve ser estimulada dentro da religião como sendo imprescindível para sermos respeitados e como a salvação de nossos direitos?

São tantos "serás" que chego à conclusão de que falta muito para nos considerarmos verdadeiramente umbandistas, afinal a Umbanda vem sendo tão mal trabalhada, praticada e entendida que muito me entristece. Muitos já não sabem "o que é" e "o que não é" Umbanda, ninguém mais sabe "o que está certo" e "o que está errado" dentro da liturgia umbandista e da religião, não se tem mais uma "Linha" a seguir, as "invenções" e "criações" não param de surgir e são, muitas vezes, totalmente desnecessárias, chegando à beira do ridículo.

É inacreditável, mas muitos ainda não sabem que a Umbanda é uma Religião e muito menos conhecem sobre sua doutrina, ritos, rituais e cultura, não sabem argumentar, explicar, defender a sua própria crença, não sabem diferenciar Umbanda de Candomblé ou Quimbanda e outros ainda a tratam como espiritismo ou Umbanda Branca como se houvesse Umbanda Preta, Vermelha, Azul...

E o modo de ver é que: "se incorporou, então é Umbanda" ou ainda, "para soluções rápidas e milagrosas, vá à Umbanda", consequentemente ela é tratada como fenômeno mediúnico apenas, como momento de êxtase ou pronto-socorro.

Estão esquecendo como surgiu a Nossa Religião e para que veio, estão esquecendo as palavras do querido Caboclo das Sete Encruzilhadas dizendo que a Umbanda seria uma religião sem preconceitos e que a humildade seria o prisma da Umbanda, que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.

Estão esquecendo os avisos do Caboclo: "a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; da médium mulher é o consulente homem".

E complementa: "É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar".

Estão esquecendo que a Umbanda como Religião veio sustentada pelo Astral Superior para nos levar a um auto-conhecimento, a uma interiorização e evolução espiritual, conhecendo nossos desequilíbrios e modificando-os, ou seja, uma religião que exige a tão conhecida, porém tão pouco praticada REFORMA ÍNTIMA.

A Umbanda é uma religião tão Divina e significativa que é a única religião que necessita do HOMEM e de seu ÍNTIMO como sendo o centro de tudo, ou seja, se o médium for Bom, sua Umbanda será Boa e Bem praticada, porém se o médium for vaidoso, só pensar em dinheiro, ostentar o poder e a ignorância, a Umbanda refletirá esses aspectos e, infelizmente, é isso que vemos hoje dentro da Umbanda. Percebam que a vida particular de um padre, por exemplo, não reflete em sua religião ou no momento em que está realizando a missa, o mesmo acontece com outras religiões.

Portanto, vale a pena refletir: será que aquele médium que briga durante a semana inteira, reclama, xinga e fala mal de todos e tudo constantemente, bebe, se droga, ostenta o poder, trapaceia, tem a capacidade ou a afinidade de, no dia da gira, incorporar uma Entidade de padrão vibracional elevado? Claro que não! Portanto se quisermos ter uma Boa Umbanda temos que ser Bons médiuns, temos que praticar a religiosidade e a reforma íntima todos os dias da semana.

Percebam como a Umbanda é extremamente Poderosa e Divina! Ela é a única que envolve todas as outras religiões e doutrinas, ela é a única que aceita e alcança qualquer espírito, ela é a única que proporciona a verdadeira evolução do espírito, é a possibilidade de se resgatar as dívidas do passado, ela é a única que proporciona o "Fazer de novo Fazendo Diferente" e quando conseguimos isso rasgamos nossos promissórias do passado e o mais divino é que proporcionamos isso também aos Guias Espirituais, pois quando os intermediamos damos a oportunidade deles também resgatarem seus carmas e praticarem a sua evolução.

Umbanda é sentir o coração bater forte com o grito do Caboclo.
É deixar as lágrimas rolarem aos pés do Preto-Velho.
É perceber o corpo arrepiando ao repique da curimba na chegada de Ogum.
Umbanda é emoção, é vida, é mudança de atitude e de valores.
Umbanda é Paz de espírito, é Liberdade, Superação e Convicção.
Umbanda é Fazer de novo fazendo Diferente.
Umbanda é caridade pura e simples.
Umbanda é coisa séria, para gente séria!

Muito Axé e um bom feriado a todos vocês.

(Texto de Mãe Mônica Caraccio - Retirado do site "Minha Umbanda")