31 outubro, 2012

Dez Apontamentos para a Paz

Livro: Mentores e Seareiros
André Luiz & Francisco Cândido Xavier


1o. - Aprenda a desculpar infinitamente para que seus erros, à frente dos outros, sejam esquecidos e perdoados.

2o. - Cale-se, diante do escárnio e da ofensa, sustentando o silêncio edificante, capaz de ambientar-lhe a palavra fraterna em momento oportuno.

3o. - Não cultive desafetos, recordando que a aversão por determinada criatura é, quase sempre, o resultado da aversão que lhe impuseste.

4o. - Não permita que o egoísmo e a vaidade, o orgulho e a discórdia se enraízem no seu coração, lembrando que toda a idéia de superestimação dos próprios valores é adubo nos espinheiros da irritação e do ódio.

5o. - Perante o companheiro que se rendeu às tentações de natureza inferior, deixe que a compaixão lhe ilumine os pontos de vista, pensando que, em outras circunstâncias, poderia você ocupar-lhe a indesejável situação e o lugar triste.

6o. - Não erga a sua voz demasiado e nem tempere a sua frase com fel para que a sua palavra não envenene as chagas do próximo.

7o. - Levante-se, cada dia, com a disposição de ser sem a preocupação de ser servido, de auxiliar sem retribuição e cooperar sem recompensa, para que a solidariedade espontânea te favoreça com os créditos e recursos da simpatia.

8o. - Esqueça a calúnia e a maledicência, a perversidade e as aflições que lhe dilaceram a alma, entendendo nas dores e obstáculos do mundo as suas melhores oportunidades de redenção.

9o. - Lembre-se de que os seus credores estão registrando a linguagem de seus exemplos e perdoar-lhe-ão as faltas e os débitos, à medida que você se fizer o benfeitor desinteressado de muitos.

10o. - Não julgue que o serviço da paz seja mero problema de boca mas, sim, testemunho de amor e renúncia, regeneração e humildade da própria vida, porque, somente ao preço de nosso próprio suor, na obra do bem, é que conseguiremos reconciliar-nos, mais depressa, com os nossos adversários, segundo a lição do Senhor.

30 outubro, 2012

O que falta na Umbanda?

Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.

Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples:

"- Do que a Umbanda precisa?"

E assim um a um foram respondendo:

"- Mais união... mais estudo..."
"- Mais divulgação!"
"- Mais respeito..."
"- Mais reconhecimento..."

Mais, mais e mais...

Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:

"- Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de filhos!"

Silêncio repentino no ambiente.

Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.

Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:

"- É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS! Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida, seria o mesmo que negar o nome de sua mãe. Um Filho de Umbanda, dentro do terreiro, limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar. Um Filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe. Um Filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer. Um Filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer. Um Filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo. Um Filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda. Um Filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe."


29 outubro, 2012

Por que sua religião é melhor que a minha?

Convido os leitores a refletir comigo sobre um tema bastante atual, mas que surgiu a milênios: "Intolerância Religiosa!"
 
Nós, umbandistas, sabemos bem o que é isso, e "que atire a primeira pedra" quem nunca sentiu na pele os efeitos causados por ela, seja na forma de piada, chacota, menosprezo, perda de amigos, preconceitos etc.
 
Então fica aquela pergunta no ar: qual é a melhor religião?
 
Certa vez, Fernando Boff, durante o intervalo de uma mesa redonda sobre religião e paz entre os povos, fez esta mesma pergunta a Dalai Lama. Ele esperava que o Dalai fosse responder que era o budismo tibetano ou as religiões orientais, mas ficou surpreso quando este lhe respondeu:
 
- "A melhor religião é aquela que te faz melhor... Aquela que te faz ser mais compassivo, aquela que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião!"
 
Simplesmente uma resposta digna e certeira, tão certeira que é capaz de calar até o mais voraz aclamador, que jura de pés juntos que a sua religião é única e verdadeira.
 
A religião é nossa ponte com o Sagrado, com o Divino e é por onde também explicamos quem somos, de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos no final desta caminhada. Pensando assim, todas as religiões têm seu valor, pois todas cumprem estes requisitos básicos, independente da forma, ritualística, nomes e palavras empregadas, pois aí está a particularidade de cada uma.
 
Devemos compreender que cada religião conhece apenas uma parte do todo e que este todo é Deus e Sua criação. Ao invés de acusarem que esta ou aquela religião não é digna ou que seja falsa, dão-se as mãos e entendam que todas têm seu valor e que conduzem seus fiéis para um mesmo objetivo, e o mundo será um lugar muito melhor para se viver do que é hoje.
 
E qual é este objetivo?
 
Que todos busquem a Deus com amor, respeitando seus irmãos Nele e as diferenças de cada um, com honestidade e compartilhando o pão e a água (calma, calma, pois não errei em minha colocação; troquei o vinho pela água porque esta é um bem muito precioso que o Pai nos deu, e sem a qual não existiria vida em nosso planeta).
 
Este é o objetivo prioritário de cada uma das religiões. Ou estou errado?
 
Então, podemos resumir e entender em definitivo que a melhor religião para VOCÊ é aquela em que VOCÊ se sinta bem e mais se identifique. Mas lembre-se que esta é para VOCÊ e que em nenhum momento ela é superior ou inferior a qualquer outra religião, mas tão somente uma parte de um Todo muito maior, no qual todas as religiões tem seu lugar.
 
Respeite a opinião das demais pessoas, pois antes de tudo são seus irmãos Nele, independente de credo, raça, classe social e preferências. Este é o maior dom que Deus nos concedeu: o livre arbítrio para que possamos ser semelhantes na aparência e forma, mas completamente distintos da forma de pensar e escolher o que é melhor para nós. Aos irmãos umbandistas, que nossos pais Oxalá e Oyá-Tempo nos guiem pelos caminhos da fé pura e verdadeira, controlando os excessos que possam surgir pelos caminhos da vida e nos amparando nos momentos de fraqueza.
 
Aos irmãos de outras religiões, que o Pai Maior abençoe suas vidas, colocando dia após dia fé e amor em seus corações.
 
 
 
Texto de Cristiano Janjacomo - Vice-presidente da Casa de Passes e Caridade "Tenda de Umbanda do Pai Benedito" (http://www.tendadopaibenedito.com.br)

27 outubro, 2012

Vergonha de ser Umbandista

Não sou umbandista, não gosto de "ismo", nem toco em nenhuma banda, mas tenho um grande orgulho da Umbanda e de tudo o que aprendi e ainda aprendo com os Orixás e com os Mestres de Aruanda, por isso, se em alguma discussão sobre religião, ouço alguém falando mal da Umbanda, essa pessoa vai ouvir; afinal, todas as religiões merecem respeito e de intolerante, já basta a nossa ignorância em relação ao diferente, porém, é interessante que isso não ocorre com muitos dos seguidores dessa religião afro-brasileira, a maioria nega de pé junto que já pisou em um terreiro, ou seja, o preconceito começa com os próprios praticantes da religião.
 
Uma coisa é ouvir o preconceito vindo dos evangelistas de plantão que adoram falar mal de qualquer religião que não seja a "cristã" deles, porém, perceber esse medo bobo de assumir o que faz vindo dos seguidores dessa religião tão linda, sempre me deixou muito curioso.

Certo dia, estava conversando com alguns amigos, um deles, umbandista de pai e de avô, e a discussão começou a girar ao redor da palavra "macumba" e acabaram, naturalmente, associando com a Umbanda, e lá fui eu, explicar que as coisas não eram bem assim, como os nomes e significados foram distorcidos, e defendi aqui e ali, tudo o que aprendi com a Umbanda, esperando que esse meu amigo, entrasse na discussão e falasse sobre a sua experiência, mas ele permaneceu em silêncio durante toda a discussão.

Quando o pessoal foi embora, olhei para ele e falei:

- E aí, o que aconteceu?

Ele olhou para mim e falou:

- Nada! Eu só não gosto de falar para as pessoas o que eu faço ou no que eu acredito. Eles não tem nada a ver com isso.

- Você tem razão - respondi. - Afinal, não precisamos ficar por aí, levantando a bandeira de nada, mas acredito que precisamos nos manifestar quando vemos pessoas falando besteira sobre algo que conhecemos bem. E não consigo ficar calado quando ouço as pessoas pregando algo contra a religião alheia.

- Não me leve a mal, Frank! - disse ele. - Mas não quero que as pessoas me chamem de macumbeiro. Por isso, quando elas me perguntam que religião é a minha, sempre falo que sou católico, ou se o pessoal for mais cabeça, que eu sou espírita.

- Mas você vive dentro de um terreiro de Umbanda!

- Eu sei, mas não tenho coragem, nem força para assumir algo que sei que vou sofrer preconceito... é mais fácil apenas dizer o que eles querem ouvir.

Não disse nada, mais é por esse e por outros que a Umbanda continua sofrendo todo esse preconceito e continua sendo considerada uma outra seita, dessas de fundo de quintal, que só existem para fazer o mal. E a diferença entre seita e religião, queridos leitores, é o preconceito que cada um carrega.


Texto de Frank Oliveira - cronicasdofrank.blogspot.com

26 outubro, 2012

Retribuição

As relações entre patrões e empregados nem sempre são amistosas.
 
De um lado, os empregados reclamam que os patrões exigem muito e não pagam salários compensadores.
 
De outro, os patrões falam de empregados que se mostram desonestos, que depois de trabalharem muitos anos, alimentando-se dos salários pagos por eles, de forma correta, fazem reclamações trabalhistas injustas.
 
Uns e outros reclamam de comportamentos indevidos, de horas extras não pagas, de trabalhos mal feitos, de irresponsabilidades, etc.
 
Por isso mesmo, o caso de Bob Thompson é muito interessante de ser conhecido.
 
Durante quarenta anos, Bob Thompson trabalhou de abril a dezembro, antes da geada, fazendo estradas junto com sua equipe.
 
Tudo iniciou com a quantia de três mil e quinhentos dólares que a esposa de Thompson havia conseguido economizar trabalhando como professora substituta e que lhe permitiram abrir a empresa.
 
Durante os primeiro cinco anos, tudo foi muito difícil. Ele não retirava nem seu salário. Depois, os negócios prosperaram e ele ficou muito rico. Graças, naturalmente, ao seu grande esforço e de sua equipe.
 
Um dia, o Sr. Thompson retribuiu o favor. Ele vendeu sua empresa de pavimentação e deu a seus quinhentos e cinquenta empregados, entre atuais e aposentados, nada menos do que a quantia de cento e vinte e oito milhões de dólares.
 
Até mesmo as viúvas de seus ex-empregados receberam cheques. Noventa deles se tornaram ricos num instante.
 
Quando os cheques foram entregues, Thompson fez questão de não estar por perto. Eu não queria estar lá, disse, as coisas se tornam muito emocionais.
 
Perguntado a respeito do porquê de tal atitude, respondeu: Você se dá conta de que as pessoas ao seu redor sofreram junto com você. E eu queria retribuir. Tenho certeza que era a coisa correta a ser feita.
 
Um de seus empregados, por trinta e três anos, disse: Ele não pedia a ninguém para fazer alguma coisa que ele mesmo pudesse fazer. Mesmo que estivesse de terno e precisasse ajudar, ele estava sempre pronto.
 
Patrões e empregados dessa qualidade dão exemplo de que se nos comportarmos como cristãos, respeitando-nos, e cada qual reconhecendo o valor do outro, o relacionamento entre ambos, com certeza, será bem melhor.
 
Sempre oportuno lembrar que, como seres humanos, dependemos uns dos outros. E que Deus, em Sua misericórdia, nos permite ora ocuparmos uma posição, ora outra.
 
Como superiores somos responsáveis pelos nossos subalternos.
 
Na condição de subalternos, temos a obrigação de cumprir bem o nosso dever, fazendo jus ao salário que recebemos.
 
O gerente é aquela pessoa que se responsabiliza pelo trabalho da equipe.
 
Quem administra precisa da colaboração de quem obedece. Aquele que obedece necessita prestar atenção e respeito a quem administra. Esse, por sua vez, precisa usar de bondade e compreensão para quem obedece, a fim de que as engrenagens do serviço funcionem com segurança.
 
Quem não respeita a tarefa que lhe honra a vida, desrespeita a si mesmo.
 
Servir além do próprio dever não é bajular e sim conquistar apoio e experiência, simpatia e cooperação.
 
 
 
Redação do Momento Espírita, com base em artigo de Seleções Reader's Digest, traduzido do original inglês por Shou Wen Allegretti e nos caps. 16 e 17 do livro Sinal Verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec. Em 26/11/2011.


25 outubro, 2012

Balaio de Idéias: Olhos magros, uma nova tendência

A minha função espiritual faz de mim uma intermediária entre o humano e o sagrado e para exercê-la da melhor maneira possível tenho como instrumento o Jogo de Búzios. Pessoas de diferentes idades, raças e até mesmo credos, buscam a ajuda desse oráculo. Surpreende-me o fato de que uma grande parte dos que me procuram sente-se vítimas de inveja.

Engraçado é que nunca, nem um só dia sequer, alguém chegou pedindo-me ajuda para se libertar da inveja que sentia dos outros. Será que só existem invejados? Onde estão os invejosos? E o pior é quando consulto o oráculo e ele me diz que os problemas apresentados não são decorrentes de inveja, a pessoa fica enfurecida.

Percebo logo que existe ali uma profunda insegurança, que gera uma necessidade de autovalorização. Se isso ocorresse apenas algumas vezes, menos mal, o problema é que esse comportamento é uma constante. Isso me leva a pensar que cada pessoa precisa olhar dentro de si, tentar perceber em que grau a inveja existe dentro dela, para assim buscar controlar e emanar este sentimento, de modo que ela não venha a atuar de maneira prejudicial ao outro, mas principalmente a si, pois qualquer energia que emitimos, reflete primeiro em nós mesmos.

Uma fábula sobre a inveja serve para nossa reflexão: Uma cobra deu para perseguir um vagalume, cuja única atividade era brilhar. Muito trabalho deu o animalzinho brilhante à insistente cobra, que não desistia de seu intento. Já exausto de tanto fugir e sem possuir mais forças o vagalume parou e disse à cobra: - Posso fazer três perguntas? Relutante a cobra respondeu: - Não costumo conversar com quem vou destruir, mas vou abrir um precedente. O vagalume então perguntou: - Pertenço à sua cadeia alimentar? - Não, respondeu a cobra. - Fiz algum mal a você? - Não, continuou respondendo a cobra. - Então por que me persegue? - perplexo, perguntou o brilhante inseto. A cobra respondeu: - Porque não suporto ver você brilhar, seu brilho me incomoda.

Ingênuas as pessas que pensam que o brilho do outro tem o poder de ofuscar o seu. Cada um possui seu próprio brilho, que deve estar de acordo com sua função. Existem até pessoas cujas funções requerem simplicidade, onde o brilho natural só é percebido através do reflexo do olhar do outro.

Lembro-me de uma garotinha de apenas 10 anos de idade que a mãe me procurou para ajudá-la, pois ela ficava furiosa quando não tirava nota dez na escola. Comportamento que fazia com que seus coleguinhas se afastassem dela. Algumas tarde eu passei conversando com a garota. Um dia ela chegou me dizendo que não apresentava mais o referido problema, que até tirou nota dois e não se incomodou.

Fiquei muito feliz, cheguei mesmo a ficar vaidosa, pois acreditei que aquela nova atitude era resultado de nossas conversas. Foi quando ela me disse: - Sabe por que não me incomodei de tirar nota dois, Mãe Stella? Ansiosa, perguntei: - Por que? Ao que ela me respondeu: - Porque o resto da turma tirou nota nota um. Rimos juntas da minha pretensa sabedoria de conselheira e do natural instinto de vaidade que ela possuía e que muito trabalho teria para domá-lo. O desejo que a garota possuía de brilhar mais do que os outros, com certeza atrairia para ela muitos problemas. Afinal, ela não queria ser sábia, ela queria ser vista.

O caso contado anteriormente faz lembrar-me de outro que eu presenciei, onde uma senhora repleta de ouro insistia em me dizer que as pessoas estavam olhando para ela com inveja. Cansada daquele queixume, disse-lhe que quem não quer ser visto, não se mostra.

A inveja é popularmente conhecida como olho gordo. Se não queremos ser atingidos pelo olho gordo do outro, devemos cuidar para que nossos olhos emagreçam, não deixando que eles cresçam com o desejo de possuir o alheio. Já que fizemos dieta para nossos corpos serem saudáveis, devemos também fazer dieta para nossos olhos, pois eles refletem a beleza da alma. A tendência agora é, portanto, olhos magrinhos, mas não anoréxicos, pois alguns desejos eles precisam ter, de preferência desejos saudáveis.



Texto enviado por Mãe Stella de Azevedo Santos (Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá)

24 outubro, 2012

Mãos Limpas

"E Deus, pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias." (Atos, 19:11)

O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele.

O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que apresentarem mãos limpas.

Muitos espíritos, mais convencionalistas que propriamente religiosos, encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios que teriam sido concedidos ao Apóstolo.

Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é exclusiva. A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar o trabalhador militante.

Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos?

Raros indagam relativamente a isso.

Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém, movimentara-se entre elevados encargos públicos, detivera denominadoras situações; no entanto, para que o Todo-Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu todas as humilhações e dispôs-se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes. Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas. Apesar de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até a velhice do corpo.

Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para os serviços edificantes, junto à Humanidade. Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve resplandecer sobre os caminhos humanos.


(De "Caminho, Verdade e Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

23 outubro, 2012

Dos animais aos meninos

Meu pequeno amigo:

Ouça.

Não nos faça mal, nem nos suponha seus adversários.

Somos imensa classe de servidores da Natureza e criaturas igualmente de Deus.

Cuidamos da sementeira para que lhe não falte o pão, ainda que muitos de nossa família, por ignorância, ataquem os grelos tenros da verdura e das árvores, devorando germes e flores. Somos nós, porém, que, na maioria das vezes, garantimos o adubo às plantações e defendemô-las contra os companheiros daninhos.

Se você perseguir-nos, sem comiseração por nossas fraquezas, quem lhe suprirá o lar de leite e ovos?

Não temos paz em nossas furnas e ninhos, obrigados que estamos a socorrer as necessidades dos homens.

Você já notou o pastor, orientando-nos cuidadosamente? Julgávamo-lo, noutro tempo, um protetor incondicional que nos salvava do perigo por amor e lambiamos-lhe as mãos, reconhecidamente. Descobrimos, afinal, que sempre nos guiava, ao fim de algum tempo, até ao matadouro, entregando-nos a impiedosos carrascos. Às vezes conseguíamos escapar por momentos, tornando até ele, suplicando ajuda, e víamos, desiludidos, que ele mesmo auxiliava o verdugo a enterrar-nos o cutelo pela garganta adentro.

A princípio, revoltamo-nos. Compreendemos, depois, que os homens exigiam nossa carne e resignamo-nos, esperando no Supremo Criador que tudo vê.

As donas-de-casa que comumente nos chamam, gentis, através de currais, pocilgas e galinheiros, conquistam-nos a amizade e a confiança, para, em seguida, nos decretarem a morte, arrastando-nos espantados e semivivos à água fervente...

Não nos rebelamos. Sabemos que há um Pai bondoso e justo, observando-nos, decerto, os padecimentos e humilhações, apreciando-nos os sacrifícios.

De qualquer modo, todavia, estamos inseguros em toda parte. Ignoramos se hoje mesmo seremos compelidos a abandonar nossos filhinhos em lágrimas ou a separar-nos dos pais queridos, a fim de atendermos à refeição de alguém.

Por que motivo, então, se lembrará você de apedrejar-nos sem piedade?

Não nos maltrate, bom amigo.

Ajude-nos a produzir para o bem.

Você ainda é pequeno e, por isto mesmo, ainda não pode haver adquirido o gosto de matar. Não é justo, assim, colocar-nos de mãos postas, ante o seu olhar bondoso, esperando de seu coração aquele amor sublime que Jesus nos ensinou?


(De "Alvorada Cristã", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Neio Lúcio)

22 outubro, 2012

Página aos Pais

Por maiores que sejam os compromissos que te prendam a obrigações dilatadas, na esfera dos negócios ou na vida social, consagrarás à família as atenções necessárias.

Lembrar-te-ás de que o lar não é tão somente refúgio que o arquiteto te planejou, baseando estudos e cálculos nos recursos do solo.

Encontrarás nele o templo de corações, em que as Leis de Deus te situam transitoriamente o Espírito, a fim de que aprendas as ciências da alma no internato doméstico.

"Honrarás teu pai e tua mãe..." proclama a Escritura e daí se subentende que precisamos também dignificar nossos filhos.

Ainda mesmo se eles, depois de adultos, não nos puderem compreender, nada impede que venhamos a entendê-los e auxiliá-los, tanto quanto no seja possível, sem que por isso necessitemos coartar os planos superiores de serviço que nos alimentou o coração.

Reconhecendo o débito irresgatável para com os teus pais, os benfeitores que te entreteceram no mundo a felicidade do berço, darás aos teus filhos, com a luz do exemplo no dever cumprido, a devida oportunidade para a troca de impressões e de experiências.

Se ainda não consegues oferta-lhes o culto do Evangelho em casa, asserenando-lhes as perguntas e ansiedades, com os ensinamentos do Cristo, não te esqueças do encontro sistemático em família, pelo menos semanalmente, a fim de atender-lhes as necessidades da alma.

Detém-te a registrar-lhes as indagações infanto-juvenis, louva-lhes os projetos edificantes e estimula-lhes o ânimo à prática do bem.

Não abandones teus filhos à onda perigosa das paixões insofreadas, sob o pretexto de garantir-lhes personalidade e emancipação.

Ajuda-os e habilita-os espiritualmente para a vida de hoje e de amanhã.

Sobretudo, não adies o momento de falar-lhes e de ouví-los, pois a hora da tormenta de provações, na viagem da Terra, se abate, mais dia menos dia, sobre a fronte de cada um, por teste de resistência moral, na obra de melhoria e resgate, elevação e aprimoramento em que nos achamos empenhados.

Preserve no aviso e na instrução, no carinho e na advertência, enquanto o ensejo te favorece, porquanto, muito dificilmente conseguimos escutar-nos uns aos outros por ocasião de tumulto ou tempestade, e ainda porque ensinar equilíbrio, quando o desequilíbrio já se instalou, significa, na maioria das vezes, trabalho fora do tempo ou auxílio tarde demais.


Emmanuel 
(De "Família", de Francisco Cândido Xavier - Espíritos diversos)

19 outubro, 2012

Os poderes do sal grosso!

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.

Povos diferentes usam o sal para combater o mau-olhado e deixar a casa a salvo de energias nefastas.

O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.

Ele tem o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos.

Visto do microscópio, o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa.

Por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha, equilibra essas forças e deixa a casa mais leve.

Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos, é suficiente.

Em dois ou três dias já se percebe a diferença.

Quando formam-se bolhas, é hora de renovar a salmoura.

A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, reequilibrando a energia dos ambientes...

Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal, deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite no quarto, para que o sono não seja perturbado.

Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente), têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo.

Para quem mora longe da praia, é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias.

Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).

Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:

- Uma pitada de sal sobre os ombros, afasta a inveja.
- Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.
- A mistura de sal com água ou álcool, absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores, entrem na casa.
- Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso, para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.
- Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio, descarrega as energias ruins e é relaxante. O único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.
- Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.
- Também tomam banho de água salgada com ervas, para renovar a energia interna e a vontade de viver.
- No Japão, o sal é considerado poderoso purificador.
- Os japoneses mais tradicionais, jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora.
- Representa o símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue, para que a luta transcorra com lealdade!
- Use esse poderoso aliado! É barato, fácil de encontrar e pode nos ajudar em momentos de dificuldade energética e esgotamento.


Fonte: Revista Bons Fluídos

18 outubro, 2012

Ao Irmão Afastado

Dizes-te, por vezes, sob desalento e cansaço e que já não consegues abraçar qualquer tarefa na seara do bem.

Entretanto, no íntimo, a voz da consciência te convida a olvidar desenganos, apagar ressentimentos, varrer amarguras e renovar a própria existência.

O estranho diálogo de ti par contigo prossegue, adentro de ti mesmo e respondes que sofrestes decepções, que não encontraste clima adequado à execução das tuas aspirações de ordem superior, que te desencantastes com amigos desorientados em matéria de espiritualidade, e, de outras vezes acusas-te por erros e quedas, dos quais não te sentes com a precisa coragem de levantar.

Ainda assim, deixa que a consciência te fale ao coração e reergue-te para as atividades do bem.

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Qualquer desilusão é apelo à realidade e toda vez em que nos reconhecemos em desacerto, isso é sinal de que estamos progredindo em discernimento.

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Não permitas que a idéia de fracasso anule os créditos de tempo, em tuas mãos. Não abandones a certeza de que podes trabalhar e servir, auxiliar e melhorar, renovar e reconstruir.

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Se o desânimo te congelou os ideais, acende a chama da esperança, no próprio coração e reinicia a cooperação, nas obras construtivas, das quais te afastaste, impensadamente. Se paraste na trilha do progresso, retoma a própria marcha, em demanda ao alvo por atingir.

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Não acredites em derrota e nem te admitas incapaz de ser útil. Esquece agravos, preterições, ressentimentos e tristezas inúteis, buscando caminho à frente.

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Se a Divina Providência não acreditasse em tua capacidade de elevação e refazimento, já teria cassado as tuas possibilidades de serviço na Terra.

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Pensa na vida imperecível e oferece uma nova oportunidade a ti mesmo, procurando reaprender e recomeçar.

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Texto psicografado por Chico Xavier pelo espírito Emmanuel.

17 outubro, 2012

Fé Racionada

A tua fé será racionada, mas não fria.
Guarda-la-ás por luz na inteligência não para identificar os males que infelicitam a vida, mas também para remediá-la tanto quanto possas.

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Ouvirás discussões apaixonadas e por vezes estéreis, em nome da dúvida e da experimentação, da filosofia e da ciência, no arrazoado daqueles que continuam perguntando a eles próprios existem e, de outros, colherás o estranho argumento de que tua fé nada tem a ver com burilamento moral.

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Efetivamente, não desprezarás a indagação digna, reconhecendo que o estudo é imperativo de nossa marcha em rumo certo, no entanto, conservarás; no teu íntimo a certeza da própria imortalidade, qual facho inapagável de sol e, conquanto não desconheças que sublimação não é serviço de apenas um dia, honrarás os teus compromissos, guardando lealdade à reta consciência na disciplina da palavra empenhada.

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Crerás na Vida Maior, aprimorando a vida menor em que encontras. Amarás a Deus, conchegando-te ao próximo, a fim de repartir com ele os dons de que o Senhor te enriqueceu. Fará de tua fé energia dinâmica a desentranhar-se da oração e da teoria, na forma de serviço ao próximo.

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Aceitarás a mensagem da sobrevivência a falar-te do amanhã, por bendita orientação destinada à vivência de hoje, de modo a que faças melhor, através da convivência com teus irmãos.

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À vista disso, a tua confiança na Divina Providência revelar-se-á consubstanciada no verbo com que esculpes a doutrina do amor e da verdade, na página iluminativa com que elevas o pensamento alheio, no auxílio providencial aos que sofrem, no perdão das ofensas, no esquecimento dos ultrajes ou no pão que divides com os últimos viajantes nas retaguardas da aflição.

Ser-te-á; ela o arado precioso para arrotear a gleba do mundo, onde a vida te aguarda as sementes de progresso e renovação, no poder do trabalho e na força do bem.

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Tua fé racionada constituirá, por fim, a lâmpada que Allan Kardec te colocou nas mãos, para que a chama da caridade nela flameja constantemente. Caminharás com ela e por ela atingirás a compreensão real dos ensinamentos do Cristo, aprendendo a servir com Ele, nosso Mestre e Senhor, para que o Reino de Deus se levante no coração dos homens, construindo a felicidade dos homens para sempre.


Da Obra "Senda para Deus" - Espíritos Diversos - Médium: Francisco Cândido Xavier

16 outubro, 2012

Olhos...

"... Se teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz..." - Jesus (Mateus, 6:22)


Olhos... patrimônio de todos.
Encontramos, porém, olhos diferentes em todos os lugares.
Olhos de malícia...
Olhos de crueldade...
Olhos de ciúme...
Olhos de ferir...
Olhos de desespero...
Olhos de desconfiança...
Olhos de atrair a viciação...
Olhos de perturbar...
Olhos de reparar males alheios...
Olhos de desencorajar as boas obras...
Olhos de frieza...
Olhos de irritação...
Se aspiras, no entanto, a enobrecer os recursos da  visão, ama, auxilia, aprende e perdoa sempre, e guardarás contigo, "olhos bons", a que se referia o Cristo de Deus, instalando no próprio Espírito a grande compreensão suscetível de impulsionar-te à glória da Eterna Luz.


(De "Centelhas", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

15 outubro, 2012

Deus...

Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam...
 
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera pode não ser tão alegre...
 
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
 
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
 
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda...
 
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...
 
Que eu não perca A VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
 
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão os meus olhos...
 
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...
 
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas...
 
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...
 
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia os meus braços estarão fracos...
 
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VIVER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
 
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...
 
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
 
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
 
E acima de tudo...
 
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente! Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois, A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!
 
 
 
Texto enviado por Vilmar Gonzaga

11 outubro, 2012

O abraço

Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem. O contato nos deixa mais confortáveis e em paz.

O Dr. Harold Voth, psiquiatra da Universidade de Kansas, disse: "O abraço é o melhor tratamento para a depressão!"

Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja ativado.

Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta mais jovem e mais vibrante.

No lar, um abraço todos os dias reforçará os relacionamentos e reduzirá significativamente os atritos.

Helen Colton reforça este pensamento: "Quando a pessoa é tocada, a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade".

É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de grande alegria, tragédias ou catástrofes.

Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terremotos, enchentes e acidentes.

Homens, que jamais fariam isso em outras ocasiões, se abraçam e se acariciam com entusiasmado afeto, depois de vencerem um jogo ou de realizarem um importante feito atlético.

Membros de uma família, reunidos em um enterro, encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.

O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro. Para abraçar é necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro.

Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida. Mas se torna difícil abraçar um estranho.

Sentimos dificuldade em abraçar em mendigo ou um desconhecido. E cada pessoa acaba por descobrir, em sua capacidade de abraçar, seu nível de humanização. seu grau de evolução afetiva.

É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, por alguma razão misteriosa, ligamos ternura com sentimentalidade, fraqueza e vulnerabilidade. Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos abracem.

O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor.

É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe.

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Você tem abraçado ultimamente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe, seu filho?

Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?

Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com um aperto de mão e um beijo formal?

A emoção do abraço tem uma qualidade especial. Experimente abraçar mais.

Vivemos em uma sociedade onde a grande queixa é de carência afetiva.

Que tal experimentar a terapia do abraço?



Redação do Momento Espírita, a partir de adaptação do texto "A importância do abraço", do Prof. Jorge Luiz Brand e Rolando Toro Araneda, Biodança, coletânea de textos.

03 outubro, 2012

Para o resto de nossas vidas!!!

Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas.
 
Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou.
 
Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante.
 
Provavelmente iremos pela vida afora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante.
 
Cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem.
 
Marcas, isso... Serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais porém com algum significado também.
 
Guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância, pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.
 
Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo.
 
Poderá ser um raiar do sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.
 
Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.
 
Quam sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.
 
Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo.
 
Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós.
 
Umas porque dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente.
 
Quem sabe haverão algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.
 
Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.
 
Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.
 
Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.
 
SALVE OGUM NA CAMINHADA ATÉ O PAI... SALVE SR. OMULU...
 
Texto enviado por Marta Valesca Vieira da S. Lopes