26 setembro, 2012

Médium e Guia - A Dupla dinâmica da Espiritualidade

Uma das grandes qualidades da Umbanda é proporcionar o contato direto entre a consulência e os Guias. O responsável por esse contrato é o médium. (do latim medium = meio, intermediário).

A mediunidade é uma sensibilidade presente em todas as pessoas, em maior ou menor grau, que facilita na captação de informações de outras dimensões. De alguma maneira, no dia a dia, todos nós usamos essa capacidade, alguns a chamam de inspiração, outros de instinto ou intuição.

O médium é uma pessoa consciente dessa capacidade e precisa estar preparado física, emocional e espiritualmente para usar esse potencial pessoal na senda espírita. Por isso é de total importância nos trabalhos de Umbanda. Do seu equilíbrio, preparo e dedicação depende o sucesso da seara de Jesus num Templo Umbandista.

Médium estudioso, disciplinado e equilibrado é fator importante para o êxito do trabalho espiritual, que transcorre em harmonia, refletindo a verdadeira função dos guias, nessa parceria entre o material e o espiritual. Quanto mais afinado o médium, melhor a comunicação entre os dois mundos. Em sua disciplina está incluída alimentação equilibrada, exercícios físicos, mentais, afinização total com a filosofia e rituais do Templo, e muito importante: o controle emocional. Médium desequilibrado não presta para a missão espiritual dos seus Guias.

Antigamente o desenvolvimento mediúnico era feito de maneira empírica ou por tradição oral, processo lento, por vezes muito místico e misterioso, pois não havia fontes de pesquisa. Hoje a situação mudou, multiplicam-se os cursos de capacitação mediúnica na Umbanda, e existe grande quantidade de literatura de qualidade. Não se pode admitir médiuns despreparados para o trabalho espiritual, pois eles devem ter conhecimento de todas as áreas envolvidas no trabalho. Precisam ter noções sobre escrita sagrada, elementos magísticos, fluídos, corpos espirituais, chacras, ervas e, principalmente, sobre a doutrina espírita e o evangelho. Devem ainda ter uma grande dose de desprendimento e bom senso, pois está lidando com "material humano", pessoas que na maioria das vezes estão em desequilíbrio e com muitos problemas.

Umbanda não é oráculo, não é fantasia, não é resolvedora de problemas e não é mágica.

Não é exigido ao médium que faça adivinhações para provar o valor do seu desempenho. Deve saber ouvir, junto com seu Guia, que já é, em si, um ato de caridade, mas deve tomar cuidado com o que diz, pois algumas informações captadas são apenas diretrizes para o trabalho a ser realizado em conjunto com o Guia. Alguns dados, se repassados ao consulente, poderiam aumentar o caos em que a vida deste se encontra. De que adianta informar ao consulente de que vai perder um ente querido ou de que é vítima de traição? Essas informações são úteis no direcionamento do trabalho e na escolha das determinações a serem dadas, ou tratamentos espirituais a serem indicados, para fortalecimento do campo áurico do consulente, tornando-o capaz de superar os seus problemas ou serem curados de seus males espirituais.

Não existem soluções mágicas, mesmo os médicos psiquiatras, psicólogos e terapeutas profissionais que estudaram durante muitos anos, procuram ajudar as pessoas direcionando-as para o seu autoconhecimento sem nunca darem as soluções prontas.

Lembre-se: não existem problemas, existem experiências.

O sucesso total do trabalho depende de uma trindade sagrada: Guia + Médium + Fé do Consulente que deve fazer sua parte em manter o equilíbrio que foi restaurado em seu campo bioenergético por essa dupla de trabalhadores espirituais. Mantendo-se o equilíbrio, tudo tende a melhorar. A união afinada das Duplas Dinâmicas Espirituais traz para a Umbanda a Luz, a Paz e a Harmonia aos que trabalham nesta Luz!

Lixo Emocional

"Existe um lixo emocional. Ele é produzido nas usinas de nosso pensamento, enquanto crescemos interiormente. São emoções que passaram por nossa vida e nos ajudaram, mas que não têm mais utilidade. São sentimentos que foram importantes no passado, não no presente. São recordações de dor que nos amadureceram e que agora não servem para nada. Não podemos carregar este lixo. Mas, apegados aos nossos sentimentos antigos, ficamos com pena, e temos dificuldade de deixá-los. Enchemos nosso porão espiritual com uma quantidade imensa de memórias inúteis, que ofuscam as lembranças importantes. Não procure sentir coisas que você não está sentindo mais. Não procure ser como você era. Você está mudando. "Permita que seus sentimentos o acompanhem e o transformem em sua própria evolução".


(Texto publicado no Jornal de Umbanda Sagrada - Enviado por Mãe Luzia Nascimento)

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