15 fevereiro, 2013

Magia para o AMOR

Pode parecer sandice, mas as afirmações: "Magia para o amor", "fazemos amarração", "trago seu amor", "juntar e separar casais", continuam movimentando um grande número de pessoas em torno de magias negativas, também chamadas de "magias negras", como todas as magias relacionadas ao ego. Vemos em jornais, revistas e nos postes da cidade anúncios, absurdos, deste tipo que, pela quantidade, nos revelam a enorme procura e oferta deste mercado podre e sujo voltado a satisfazer as vontades mais baixas do ego e do apego de paixões desequilibradas. Claro que AMOR não é algo que se possa comprar ou barganhar e logo surgem os espertalhões e aproveitadores de pessoas que muitas vezes estão querendo mesmo se enganar. Não teríamos nada a ver com isso se estivesse bem claro para a sociedade que TAIS OFERTAS NADA TÊM A VER COM A RELIGIÃO DE UMBANDA. Mas os tais espertinhos anunciam trabalhar com entidades de umbanda; afirmam trabalhar com exus, pomba-giras, ciganas e outras entidades; afirmam que são "pai de santo" ou "mãe de santo", o que é um absurdo, afinal são títulos dados a um sacerdote ou sacerdotisa.

Em qualquer religião, e não apenas na Umbanda, aprendemos a nos desapegar e acreditar na vida, aprendemos a nos tornar pessoas melhores e não usar de força ou magia para dobrar os outros às nossas vontades. Aprendemos valores relacionados à fé e ao amor. Aprendemos que amar alguém é acima de tudo amar a liberdade do ser, amar é querer bem a quem se ama, AMOR é em tudo muito diferente de posse ou das paixões humanas. Todas as religiões ensinam e pregam o AMOR. Especificamente na Umbanda, aprendemos que a MAGIA existe sim e tem muito poder, no entanto só pode ser empenhada para fazer o Bem. Um sacerdote ou uma sacerdotisa é uma pessoa responsável por uma comunidade, que tem o respeito e admiração de seu grupo e só pode ser reconhecido na sociedade civil no momento em que seu templo está registrado em cartório com estatuto, no qual o grupo reconhece perante a sociedade um dirigente, ou ministro religioso, na qualidade de sacerdote. Logo, não existe nenhuma condição de se confundir alguém que anuncia trabalhos de magia para o amor com um sacerdote, e muito menos confundir estas práticas com a religião de Umbanda.


Texto de Alexandre Cumino

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