05 agosto, 2012

Ser Umbandista

Antes de ser umbandista eu não era nada, pois não conhecia o amor de Oxum e a alegria das Ibejadas.
Antes da umbanda eu tinha medo e me sentia sozinho, achava que era só mais um, pois eu não conhecia a força e a fé em Ogum.
Minha vida era um livro em branco, sem tema, eu não sabia quem era Oxóssi e nem os caboclos da Jurema.
Não conhecia a justiça de Xangô, a beleza de Iansã. Não tinha fé nas curas milagrosas, afinal de contas, eu não conhecia Obaluaê e nem Nanã Buruquê. 
Quando conheci os pretos velhos eles me disseram para acreditar em Zambi  e pedir a Oxalá "e se ocê fô na praia fiaco, leva frô pra Yemanjá".
Defumei, zamburei, saravei, batuquei e lá na gira, como eu girei.
Pedi licença a Exu, guerreiros guardiões, sentinelas do astral, pois também neles enxerguei muita luz.
Antes de ser umbandista eu não era nada, mas na Umbanda eu encontrei Jesus.


Texto de Gustavo Monteiro, enviado por Marta Valesca.

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