23 março, 2012

Evolução do Umbandista - De Quem é a Responsabilidade?


A Umbanda é uma religião que estimula o autoconhecimento, a humildade, a disciplina, a caridade, a fé, a união e a paz mundial, alicerçada, entre outros, na comunicação entre encarnados e desencarnados, em busca do progresso, motivando o ser humano a uma busca infinita pela própria evolução.

A Umbanda é uma religião de amor. Amor ao próximo e a todas as formas de vida, que cumpre seu objetivo de religar. Religar os seres em evolução, compostos por encarnados e desencarnados a Olorum. Para isso, Ele nos envia Seus prepostos.

Esses prepostos divinos têm claro sua missão Divina e, através dos limites determinados pelo astral, trabalham incansavelmente e incessantemente, começando pelo necessário autoconhecimento, depois caminham para o possível, dentro das limitações humanas, para modificar comportamentos, aprimorar pensamentos, purificar sentimentos.

Quando um espírito de luz irradia em direção a um encarnado, visando a melhoria de sua essência, às vezes, há resistência em absorver, aceitar e realizar as mudanças necessárias para a continuidade do processo evolutivo, porém, com a ajuda de outros espíritos de luz, encarnados, o ser humano se distancia dos sentimentos inferiores e assume a doutrina, o ensinamento, o sentimento vivenciado e, assim, se fecha, se protege contra a investida do baixo astral.

O médium umbandista, necessariamente, precisa conhecer sua personalidade, seu caráter, seus limites, sua história, seus percalços, qualidades e defeitos, porém, buscando sempre o aprimoramento diário, a busca pelo verdadeiro conhecimento e pelo correto desenvolvimento espiritual. Lembrando sempre que, a projeção das qualidades raramente é feita entre humanos, já a transferência das falhas e defeitos sempre ocorre. Dessa forma, caso o médium não esteja vigiando, com atenção absoluta, corre o risco de absorver as mazelas humanas como sendo características pessoais, caindo no negativismo do outro e tornando-se presa fácil para as investidas das trevas.

A treva nada mais é do que o próprio inferno criado pelo ser humano através da sua própria incapacidade de lidar com os sentimentos negativos que o envolvem e fazem parte desse planeta e se deixa abater e dominar pelo baixo astral, tornando-se, até que arrependa dos seus erros, se cure e se reequilibre, representante, às vezes, inconsciente, das trevas e não mais mensageiro ativo e pensante do Pai Oxalá.

Esses mensageiros do amor enviados por Pai Oxalá são estrelas pequeninas que refletem, realçam o brilho do sol e iluminam os caminhos nas trevas. Gotas de luz, criadas, conduzidas e governadas por Pai Olorum que direcionam seus assistidos a cumprirem suas missões.

Caberá a nós, umbandistas, fazermos essa ponte. Sem nos cansarmos de orar sempre, pedindo ao Pai esclarecimento, direcionamento, evolução e capacidade para lidar e aprimorar corações desequilibrados e vigiar. Vigiar as investidas do baixo astral, suas artimanhas e armadilhas, ferindo sentimentos e buscando novos corações feridos e desamparados da existência de Olorum e da fé de que não remove montanhas, mas remove seres descomunais do inferno em busca da evolução através do respeito e execução da lei maior.

Ora, se o umbandista não tiver condições racionais, emocionais e espirituais para identificar uma investida do baixo astral, pedir ajuda ou lutar contra ela, recolhê-la, curá-la e encaminhá-la ao seu lugar de merecimento, livrando a si próprio e ao semelhante das suas garras sutis, envolventes, enganadoras e cruéis, qual então é o nosso papel em todo esse contexto: Autoconhecimento? Autopreservação? Poder? Favorecer os mais próximos? Se forem esses os nossos propósitos, não nos podemos considerar umbandistas e sim, simpatizantes, usuários, demagogos, ou ainda, enganadores, pois, o papel do umbandista na sociedade espiritual é a construção, ou melhor, a reconstrução da esfera espiritual, buscando o equilíbrio, a felicidade e a melhoria de todos os seres, a cura de todos os enfermos, a evolução de todos os espíritos. Essa sim é a verdadeira função da Umbanda na sociedade espiritual e, não somente, o resgate, a cura e a evolução de si próprio e dos seus afins.

A lei da afinidade nos mostra que ela existe para nos capacitar a identificar os espíritos que farão parte da nossa convivência, que farão parte da nossa caminhada evolutiva. A lei da afinidade não está escrita para nos separar, nos desabilitar ou nos impedir de ajudar, encaminhar, orientar, curar e amar os desequilibrados e incapazes de uma avaliação correta do significado e das maravilhas previstas nas leis divinas. Para esses existem escolas astrais que os conduzirão e ensinarão os caminhos que devem seguir, mas se os umbandistas não estiverem atentos e não conseguirem absorver as leis ditadas pelo Pai Maior, não terão condições de orar verdadeiramente e vigiar atenta e corretamente suas próprias atitudes, seus próprios pensamentos e seus próprios sentimentos e, dessa forma, não conseguirão ajudar nem a si próprios quem dirá aos famintos de conhecimento, amor, caridade e luz.

Amai, orai e vigiai sempre e, assim, poderá se denominar Umbandista, mensageiro do amor e da luz de Pai Oxalá, pois cumprirá sua missão evolutiva nas leis do Pai Olorum.

Que Pai Oxalá nos abençoe, guie nossa jornada e nos cubra com o Seu manto Sagrado.


Texto enviado pela irmã Arley R. Lobo, inspirada por uma Entidade Amiga - 21/05/2011


Um comentário:

  1. Penso que além da evolução do autoconhecimento e vibração energética de boa qualidade, o umbandista tem o dever de conhecer a religião que está inserido.
    O pai de santo, mãe de santo, zelador, etc etc também tem um papel importante neste evolução, tendo as vezes de esclarecer, orientar, chamar a atenção, enfim, ajudar no caminho de seus próximos.
    Cabe, a partir daí, que o umbandista esteja ponto a receber toda esta informação proveniente do astral e de seus irmãos. Aplicá-la em sua vida, em seu convívio e fazer disto um hábito construtivo de uma vida melhor, mais saúdável e mais feliz, consequentemente.

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